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Mais de 9 mil migrantes na 'Selva' de Calais, no norte de França

A designada "Selva" de Calais, no norte de França, onde afluem regularmente migrantes que tentam chegar ao Reino Unido, acolhe atualmente mais de 9.000 pessoas, mais 2.000 do que em julho, segundo duas organizações não-governamentais ativas no local.

Mais de 9 mil migrantes na 'Selva' de Calais, no norte de França
Notícias ao Minuto

13:14 - 12/08/16 por Lusa

Mundo ONG

Entre os 9.106 migrantes registados pelas associações Auberge des Migrants e Help Refugees encontram-se 865 menores, 676 dos quais não acompanhados, precisaram hoje as ONG.

O Estado francês, que sempre contestou os números das associações, refere a existência de 4.500 migrantes, de acordo com uma contagem oficial realizada a 13 de junho.

As duas ONG sublinham que "não há mais espaço para instalar as tendas dadas aos recém-chegados" e que "a proximidade dos abrigos faz aumentar os riscos de incêndio".

Adiantam que o ambiente na "Selva" é "muito tenso" devido ao facto de as estruturas disponibilizadas pelas organizações estarem sobrecarregadas.

Assim, no centro de acolhimento da associação Vie Active "para a distribuição das 3.500 refeições, é preciso três horas de espera", afirmaram.

Por outro lado, o tribunal administrativo de Lille rejeitou hoje o pedido de encerramento, feito pelo Estado, de 72 comércios informais abertos no campo pelos migrantes, considerando "não estarem preenchidas as condições de emergência e de utilidade" evocadas pela autarquia para exigir aquele fecho.

Reconhecendo que os comércios em causa não têm autorizações administrativas e que alguns "não respeitam as mais básicas normas sanitárias", o juiz Jean-François Molla sublinhou que "aqueles supermercados, cafés e restaurantes têm outras funções" além da alimentação dos migrantes que "vivem em condições de extrema precariedade e inatividade".

Estes locais "constituem locais de encontro tranquilo entre os migrantes e os voluntários", adiantou.

A autarquia de Pas-de-Calais informou num comunicado ter "tomado nota" da decisão, mas adianta que "continuará a lutar contra estes fenómenos ilegais".

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