Presidência indonésia diz que "não há lugar" para grupos LGBT
Um porta-voz da presidência indonésia disse hoje à AFP que "não há lugar" para a comunidade gay no país depois de defensores dos direitos humanos terem denunciado ataques homofóbicos sem precedentes.
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Mundo Porta-voz
A comunidade lésbica, gay, bissexual e transexual (LGBT) refere que se verifica uma "deterioração" dos direitos adquiridos na sequência de ataques verbais de ministros e membros de organizações islâmicas influentes na Indonésia, indica um relatório da Human Rights Watch.
Altos funcionários e instituições indonésias foram alvo este ano de ataques publicados de forma sistemática contra a comunidade gay, sublinha o mesmo relatório que se refere aos apelos que pedem, nomeadamente, que os homossexuais venham a ser impedidos de aceder às universidades.
Na sequência dos recentes ataques homofóbicos, responsáveis do Estado indonésio limitaram-se a afirmar que a proteção dos direitos da comunidade homossexual não é uma prioridade.
"Os direitos dos cidadãos em relação ao acesso ao ensino ou à obtenção de bilhete de identidade estão protegidos, mas não há lugar na Indonésia para a proliferação do movimento LGBT", disse à Agência France Presse o porta-voz da presidência, Johan Budi.
Entretanto, vários ministros têm lançado "ataques verbais" que visam a comunidade homossexual, entre os quais o titular da pasta do Ensino Superior que defendeu a aplicação da interdição a organizações LGBT aos recintos universitários.
O ministro da Defesa descreveu a atitude dos grupos LGBT pela defesa de direitos como uma "espécie de guerra moderna".
O relatório da organização Human Rights Watch denuncia que a provocação contra os grupos LGBT intensificou-se desde fevereiro tendo-se registado episódios de violência contra as minorias sexuais na Indonésia.
"O impacto da retórica anti-LGBT por parte dos representantes governamentais é muito forte" disse uma defensora dos direitos das lésbicas referindo-se ao relatório da Human Rights Watch acrescentando que na Indonésia se estão a "dar passos a trás" no que diz respeito aos direitos fundamentais.
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