ONU e Irão preocupados com intensificação dos combates no Iémen
A ONU e o Irão alertaram hoje para a intensificação dos combates no Iémen, depois de bombardeamentos aéreos em Sanaa que mataram 14 pessoas, na sequência do fracasso das negociações de paz.
© Reuters
Mundo Bombardeamentos
"O secretário-geral está muito preocupado com as informações sobre uma intensificação dos combates entre várias partes nas províncias de Hajjad, Saada e Sanaa nos últimos dias", disse um dos porta-vozes da ONU Farhan Haq, aos jornalistas em Nova Iorque.
"A escalada dos combates agrava a situação humanitária (...) e o sofrimento da população iemenita", acrescentou.
Os bombardeamentos aéreos da coligação árabe liderada pela Arábia Saudita atingiram uma fábrica de produtos alimentares. Pelo menos 14 pessoas morreram, de acordo com fontes médicas, e o aeroporto de Sanaa foi encerrado.
Os ataques surgem menos de 72 horas depois de mais de três meses de negociações de paz, organizadas pela ONU no Kuwait, terem sido suspensos, na sequência da nomeação pelos rebeldes xiitas 'huthis' e aliados de um conselho para governar o Iémen.
O enviado da ONU, Ismail Ould Cheikh Ahmed, recusou considerar que as negociações fracassaram e afirmou que ia continuar a dialogar com os dois lados para conseguir novas reuniões.
O Irão, que apoia os rebeldes 'huthis', pediu à Arábia Saudita para suspender os ataques aéreos da coligação e denunciou "a inação" da comunidade internacional perante "as atrocidades dos sauditas contra o povo iemenita", afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano Bahram Ghasemi.
Na terça-feira, um porta-voz 'huthi' afirmou que os bombardeamentos da coligação atingiram os redutos rebeldes nas províncias de Saada, Hajjad e Ibb, no norte e centro do Iémen.
Mais de 6.400 pessoas, na maioria civis, morreu, cerca de 30 mil ficaram feridos e 2,8 milhões abandonaram as suas casas no Iémen desde que os bombardeamentos aéreos da coligação começaram em março passado.
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