Governo de Ancara volta a exigir aos EUA extradição de Fethullah Gülen
O Governo turco voltou hoje a exigir aos Estados Unidos a extradição do teólogo islamita Fethullah Gülen, acusado de fomentar o fracassado golpe militar, ao argumentar que Washington se deve colocar do lado dos golpistas ou do povo turco.
© Reuters
Mundo Turquia
"Sei que as autoridades norte-americanas são rápidas e terão em consideração que isto [a situação de Gülen] é prejudicial para os interesses dos Estados Unidos", afirmou o vice-primeiro-ministro Numan Kurtulmus, em declarações recolhidas pelo diário Hurriyet.
Kurtulmus referia-se à exigência formulada por Ancara para que Washington detenha e extradite Gülen, que reside nos Estados Unidos desde 1999.
Em paralelo, o responsável ministerial, também porta-voz do Executivo, anunciou que 216 militares, incluindo nove generais, e membros de forças de segurança permanecem em fuga e estão a ser procurados pelas autoridades três semanas após a tentativa abortada de golpe.
"186 membros das Forças armadas e 30 da polícia nacional estão em fuga. Entre eles encontram-se nove generais", disse no final de uma reunião do conselho de ministros.
Ao exigir a extradição de Gülen, o vice-primeiro-ministro recordou a "manifestação de apoio à democracia" que decorreu no domingo em Istambul como uma demonstração da unidade popular que alimentou a pressão sobre os Estados Unidos.
Segundo as autoridades turcas a iniciativa juntou cinco milhões de pessoas, 1,5 milhões segundo os 'media' independentes.
"Após esta manifestação, estamos a registar importantes dúvidas entre os líderes dos EUA sobre amparar e proteger aí Gülen", assinalou.
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