ONU suspende temporariamente negociações de paz do Iémen
A ONU anunciou hoje no Kuwait a suspensão por um mês das negociações de paz entre o Governo iemenita e os rebeldes, mas assegurou que prosseguirá as suas iniciativas para pôr fim à guerra no Iémen.
© Getty Images
Mundo Kuwait
"Deixamos hoje o Kuwait, mas as negociações de paz prosseguem", declarou à imprensa o enviado da ONU para o Iémen, Ismail Ould Cheikh Ahmed.
O responsável garantiu que os beligerantes concordaram regressar à mesa das negociações dentro de um mês, em local ainda por definir.
A guerra no Iémen, que fez mais de 6.400 mortos e deslocou 2,8 milhões de pessoas, opõe as forças leais ao Presidente, Abd Rabbo Mansur Hadi, apoiadas por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, aos rebeldes Huthis aliados ao ex-chefe de Estado do Iémen Ali Abdallah Saleh.
Os rebeldes controlam a capital do Iémen, Sanaa, desde setembro de 2014.
A suspensão oficial das negociações de paz, que era esperada, coincidiu com o anúncio em Sanaa pelos rebeldes xiitas Huthis e seus aliados da nomeação dos membros de um conselho criado para governar o país, uma medida destinada a consolidar o seu poder.
A criação de tal conselho ocorreu a 28 de julho e foi condenada pelo Governo iemenita internacionalmente reconhecido, que a classificou como um golpe desferido sobre as já de si difíceis negociações de paz.
O mediador das Nações Unidas reiterou hoje a condenação desta medida, afirmando que ela "não serve nem o povo iemenita nem o processo de paz".
A resolução 2216 do Conselho de Segurança da ONU insta os rebeldes a retirarem-se da capital iemenita e a entregar o armamento pesado.
O conselho criado pelos rebeldes é composto por dez elementos (cinco de cada partido), entre os quais estão Salah al-Sammad, chefe do departamento político de Ansarullah, braço político dos Huthis, e Sadek Abu Ras, secretário-geral adjunto do partido Congresso Popular Geral, do ex-presidente Saleh, de acordo com a lista divulgada pela agência noticiosa Saba, controlada pelos Huthis.
Apesar da aparente ausência de progressos nas negociações de paz que se iniciaram na cidade do Kuwait a 21 de abril, o enviado da ONU recusou-se a falar de fracasso.
"Nós não fracassámos e pensamos que as conversações do Kuwait permitiram alcançar alguns objetivos", afirmou, sem acrescentar pormenores, pedindo novamente às duas partes que façam cedências para alcançar a paz.
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