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Brasil, Argentina e Paraguai querem decidir impasse no Mercosul

Os chefes de Estado do Brasil, Argentina e Paraguai decidiram na sexta-feira debater após 12 de agosto o impasse em torno da presidência do Mercado Comum do Sul (Mercosul), ocupada pela Venezuela sob protesto daqueles três países.

Brasil, Argentina e Paraguai querem decidir impasse no Mercosul
Notícias ao Minuto

06:27 - 06/08/16 por Lusa

Mundo MERCOSUL

Durante a cerimónia de receção a líderes estrangeiros que estão no Brasil para a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos 2015, no Rio de Janeiro, o Presidente interino brasileiro, Michel Temer, reuniu-se com os seus homólogos argentino, Mauricio Macri, e paraguaio, Horacio Cartes.

No final, Michel Temer afirmou que "é preciso esperar até ao dia 12, a data para que a Venezuela apresente todos os requisitos necessários".

Nesse dia, completam-se os quatro anos da adesão da Venezuela ao Mercosul, prazo concedido para que o país se adapte a um conjunto vasto de regras do bloco económico.

A 29 de julho, a Venezuela anunciou que assumia a presidência rotativa do Mercosul, após o Uruguai ter emitido um comunicado dando por concluída a sua gestão de seis meses.

Para o Uruguai, não há argumentos jurídicos que impeçam a transferência da presidência temporária do Mercosul para a Venezuela, que deveria ser o próximo país a assumir a pasta, de acordo com as regras, mas Argentina, Brasil e Paraguai têm mostrado oposição, por causa da atual situação política venezuelana.

O Governo brasileiro defende que a Venezuela não tem condições para assumir a presidência, porque ainda não cumpriu os requisitos do Mercosul.

O presidente da Argentina aproveitou também a ida ao Rio de Janeiro para defender o Brasil de críticas quanto à organização dos Jogos Olímpicos e sublinhar a importância que atribui ao Mercosul.

"Quando agridem ou desqualificam [o Brasil], desqualificam a América do Sul e um pouco a nós todos", afirmou.

Em entrevistas nos estúdios de televisão dos canais TyC Sports e ESPN, o líder argentino contou que ficou "mal nesses últimos dias com tantas críticas ao Brasil, porque o Brasil está a fazer tudo num momento crítico interno", logo, "a crítica pareceu injusta".

"Estamos unidos com o Brasil no futuro e no Mercosul [Mercado Comum do Sul], que é uma ferramenta muito importante para desenvolver o emprego e reduzir a pobreza dos nossos países", disse.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que teve uma reunião com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, no Rio de Janeiro, também comentou a situação da Venezuela após o encontro.

Para o chefe da diplomacia norte-americana, o Governo de Nicolás Maduro precisa de chegar a um acordo com a oposição, libertar os presos políticos, assumir um maior compromisso democrático e aceitar ajuda humanitária de outros países.

"Que não sobreponha um partido sobre o outro, mas sim o povo venezuelano, que está a sofrer enormemente devido à crise económica, entre outros desafios", advogou.

John Kerry vincou que, apesar de todos os desafios que o hemisfério sul enfrenta, a experiência compartilhada entre todas as Américas mostra que "a justiça pode transpor-se à impunidade" e que a proteção dos diretos de qualquer pessoa constitui "a marca de uma democracia genuína".

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