Seria "um grave erro" fechar à Turquia a porta de adesão à UE
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker considerou hoje em declarações à televisão alemã que o fim das negociações de adesão da Turquia à União Europeia (UE) seria "um grave erro de política externa", após um apelo nesse sentido da Áustria.
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"Neste momento, se dermos a entender à Turquia que, qualquer que seja a situação, a UE não está pronta para aceitar a Turquia, isso seria quanto a mim um grave erro de política externa", disse em declarações à cadeia televisiva ARD numa entrevista que será difundida domingo mas com a divulgação prévia de alguns excertos.
Previamente, o chanceler austríaco Christian Kern tinha considerado que a UE deverá pôr termo às negociações de adesão com a Turquia definidas como uma "ficção" na atual situação.
"Devemos enfrentar a realidade, as negociações de adesão não são mais que ficção", declarou na noite de quarta-feira aos media austríacos, acrescentando que "as normas democráticas turcas estão longe de ser suficientes para justificar a sua adesão".
Kern acrescentou que pretende um debate sobre esta questão no decurso do Conselho Europeu previsto para 16 de setembro.
O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Omer Celik, reagiu de imediato ao considerar "extremamente perturbantes" as declarações do primeiro-ministro austríaco.
"A crítica é um direito democrático, mas deve existir uma diferença entre a crítica e adotar uma atitude anti-turca", acrescentou.
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