Adesão da Turquia à UE é um processo "aberto", palavra de Bruxelas
A Comissão Europeia reiterou hoje que a adesão da Turquia é um processo "aberto", sem data, que requer apoio unânime dos restantes parceiros e que depende do respeito por Ancara dos direitos humanos, 'Estado de direito' e liberdades fundamentais.
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"A Turquia é um país candidato e como país candidato deve respeitar os princípios básicos centrados no acervo comunitário, em particular em termos de direitos humanos, 'Estado de direito' e liberdades fundamentais", assinalou a porta-voz comunitária Mina Andreeva na conferência de imprensa diária da Comissão.
A porta-voz indicou que as negociações de acesso se baseiam nos próprios méritos da Turquia e explicou que o progresso nas negociações é avaliado em diversos requisitos, onde se incluem os princípios citados.
No entanto, recordou que de momento não existem negociações sobre a abertura de qualquer capítulo e que o Conselho e o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, advertiram no fim de semana a Turquia que necessita do apoio de todos os Estados-membros para aderir à União.
A porta-voz escusou-se a comentar e "especular" sobre as declarações do chanceler austríaco Christian Kern, que numa entrevista na quarta-feira ao diário Die Presse assegurou que a Turquia não entrará na UE "nas próximas décadas".
Já hoje, a televisão pública ORF informou que Kern considera que Bruxelas deve terminar em definitivo as negociações de adesão com a Turquia, que qualificou de "ficção diplomática".
"Se é ficção ou não, deixo ao vosso critério", respondeu Andreeva às perguntas dos jornalistas sobre estas declarações.
As negociações sobre a adesão da Turquia iniciaram-se em 2005, mas têm sido assinaladas por constantes dificuldades relacionadas com o conflito cipriota ou as resistências de países como a França e Alemanha.
Em dezembro de 2015 a UE e a Turquia abriram um novo capítulo do processo de adesão -- o 15º entre os 35 existentes -- após dois anos sem avanços, um passo previsto no plano de cooperação que estabeleceram para enfrentara a crise dos refugiados.
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