Meteorologia

  • 18 ABRIL 2024
Tempo
26º
MIN 16º MÁX 26º

Irão desmantelou grupo extremista curdo e executou 21 membros

O Irão desmantelou um grupo extremista curdo de inspiração integrista islâmica e executou 21 dos seus membros, segundo organizações defensoras dos direitos humanos.

Irão desmantelou grupo extremista curdo e executou 21 membros
Notícias ao Minuto

08:23 - 04/08/16 por Lusa

Mundo Comunicado

Em comunicado publicado hoje pela imprensa iraniana, o Ministério do Interior daquele país informou sobre a detenção de 102 militantes e simpatizantes do grupo "Tohid e Jihad", composto por curdos sunitas iranianos e de inspiração "takfiri", como são conhecidos no Irão os grupos radicais como o Estado Islâmico ou a Al-Qaida.

A informação refere que o grupo, formado em 2008, foi responsável por numerosos ataques terroristas na região do Curdistão iraniano, que causaram a morte de pelo menos 20 pessoas e deixaram 40 feridos, entre eles vários agentes da polícia, clérigos sunitas e xiitas da região e juízes.

O comunicado refere também que a última célula do grupo foi intercetada a 20 de abril e que desde então todos os membros foram julgados, condenados e em alguns casos, executados.

O poder judicial da província do Curdistão emitiu na noite de quarta-feira um comunicado em que informava que as sentenças de morte contra os membros deste grupo foram cumpridas a 02 de agosto.

A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) criticou as execuções "de prisioneiros sunitas", que estimou terem abrangido 21 pessoas, num comunicado divulgado a partir da sede em Paris, em que também denunciou a falta de um julgamento justo para estas pessoas.

"A comunidade internacional não pode continuar a ignorar tão graves violações da lei internacional por parte das autoridades iranianas. A execução de um grande número de prisioneiros curdos sunitas com base em confissões forçadas e julgamentos manipulados é uma afronta aos mais básicos padrões dos direitos humanos", disse a organização em sua nota.

A FIDH informou que outros sete prisioneiros aguardam a execução.

Segundo a organização, estas pessoas negaram estar implicadas em atividades violentas e denunciaram que foram presas e julgadas apenas pelas suas crenças e por organizarem reuniões e distribuírem material religioso.

Nos últimos meses, a violência dos radicais e a repressão governamental aumentou na região do Curdistão iraniano, com numerosos incidentes que causaram a morte de dezenas de pessoas nessa zona do país, na fronteira com o Iraque e Turquia e de maioria curda.

O Irão acusa a Arábia Saudita pelo aumento da violência, argumentando que Riade está a financiar e a promover grupos armados curdos iranianos para que destabilizem o país, no contexto dos constantes conflitos entre os dois países.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório