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Japão: Novo ministro defende pena de morte para crimes cruéis

O novo ministro da Justiça do Japão, Katsutoshi Kaneda, defendeu a pena de morte como "um castigo inevitável" para "crimes cruéis", em declarações após a nomeação, citadas hoje pela comunicação social nipónica.

Japão: Novo ministro defende pena de morte para crimes cruéis
Notícias ao Minuto

06:08 - 04/08/16 por Lusa

Mundo Katsutoshi Kaneda

Kaneda manifestou assim a sua vontade de que o Japão continue a ser o único país industrializado, juntamente com os Estados Unidos, a manter a pena de morte, depois de ter sido nomeado para o cargo na quarta-feira pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, no âmbito de uma remodelação governamental.

"É inevitável aplicar a pena de morte a uma pessoa que tenha cometido um crime cruel e com clara responsabilidade penal", afirmou Kaneda nas suas primeiras declarações como titular da pasta da Justiça, citadas pelo diário Sankei.

Kaneda, de 66 anos e ex-vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, também destacou a necessidade de "ter prudência" na hora de emitir ordens de execução, assim como de considerar "a opinião pública e a conceção social de justiça" para aplicar este castigo.

O até agora deputado do conservador Partido Liberal Democrata (PLD) na câmara alta do Parlamento japonês acrescentou que o seu principal objetivo como ministro é tornar o Japão "o país mais seguro do mundo".

As mais recentes execuções no Japão foram em março passado, quando foi aplicada a pena capital a dois condenados por múltiplos homicídios. Foram feitas 16 execuções deste que o atual Governo de Shinzo Abe está no poder.

No Japão, onde é usada a forca, os réus são informados de que vão ser executados horas antes, o que é criticado pelas organizações não-governamentais, que sublinham que muitos prisioneiros permanecem isolados durante décadas.

As organizações de defesa dos direitos humanos também pressionam regularmente Tóquio para abolir a pena de morte, enquanto o Governo insiste que é necessário debater a questão dado o apoio maioritário, segundo as sondagens (cerca de 80%).

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