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Rússia propôs aos Estados Unidos troca de presos

A Rússia anunciou hoje que propôs aos Estados Unidos a troca do traficante de armas Victor Bout e do piloto Konstantin Yaroshenko, condenado por narcotráfico, por presos norte-americanos.

Rússia propôs aos Estados Unidos  troca de presos
Notícias ao Minuto

14:56 - 03/08/16 por Lusa

Mundo Moscovo

"Propusemos aos nossos colegas norte-americanos recorrer ao mecanismo da Convenção do Conselho da Europa de 1983 para a entrega de condenados com o objetivo de cumprirem a sua pena no país de origem", disse aos 'media' locais Serguei Riabkov, vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros.

Em troca, Moscovo poria em liberdade os cidadãos norte-americanos que se encontram em prisões russas por delitos cometidos no território do país.

"Apesar das circunstâncias extremamente difíceis que envolvem as nossas relações, espero que os argumentos humanitários tenham prioridade sobre a conjuntura política", explicou.

Riabkov rejeitou qualquer tentativa de utilizar esses presos como "moeda de troca" na disputa geopolítica que envolve atualmente as duas potências.

"Faremos o máximo esforço para a realização deste plano. Entre os que poderiam ser libertados incluem-se Yaroshenko e Bout, mas os detalhes serão tratados de forma confidencial", comentou.

Bout, cuja libertação foi pedida em numerosas ocasiões pela chancelaria russa, foi detido na Tailândia em 2008 e cumpre 28 anos numa prisão norte-americana.

A Rússia considera que o processo de Bout, sentenciado entre outras acusações por conspirar para matar cidadãos norte-americanos e vender armas à guerrilha das FARC colombianas, foi "fabricado pelos serviços secretos".

O Departamento de Justiça dos EUA acusou Bout, também rotulado de "Mercador da morte" de ter vendido às FARC 800 mísseis terra-ar, 5.000 espingardas de assalto AK-47 (Kalashnikov), explosivos C4 e minas antipessoais, entre outro armamento avaliado em vários milhões de dólares.

Yaroshenko foi detido em maio de 2010 por agentes antidroga norte-americanos em Monróvia, capital da Libéria, e enviado para Nova Iorque no âmbito de uma operação contra uma rede internacional de tráfico de drogas, uma ação que a Rússia definiu então como um "sequestro".

Posteriormente, foi condenado a 20 anos de prisão por participar no tráfico de drogas entre a América Latina e África, e a partir desse continente, para a Europa e EUA.

A Rússia defende que os cidadãos russos devem cumprir as penas no seu país e criticou em numerosas ocasiões os Estados Unidos pelo que define como uso extraterritorial da legislação norte-americana contra os seus cidadãos.

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