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Rajoy avisa Sanchez que impasse levará a terceiras eleições

O líder do PP e chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, avisou hoje em Madrid o secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, que se este continuar a recusar deixar passar a sua investidura haverá eleições pela terceira vez.

Rajoy avisa Sanchez que impasse levará a terceiras eleições
Notícias ao Minuto

14:06 - 02/08/16 por Lusa

Mundo Espanha

"Com o seu 'não' de hoje mantem-se o bloqueio e isso leva-nos a terceiras eleições", disse Rajoy depois de estar reunido durante 55 minutos com Pedro Sánchez no congresso de Deputados (parlamento).

O líder do Partido Popular (PP, direita), que está a tentar obter apoios para formar governo, afirmou que irá "continuar a tentar convencer" Sánchez, e repetiu várias vezes que se isso não acontecer haverá novamente eleições.

"Creio que seria um disparate haver terceiras eleições e portanto peço que não haja bloqueio. É muito mais aquilo que nos une do que o que nos divide", disse Mariano Rajoy.

Na reunião entre os dois, Rajoy propôs a Sánchez a formação de grupos de trabalho para avançar com assuntos que considera serem "essenciais" para Espanha, como as reformas institucionais, a política económica e a elaboração do orçamento de Estado para 2017, com o objetivo de o país cumprir os compromissos europeus.

Por seu lado, o secretário-geral do Partido Socialista espanhol recusou a proposta de criação de uma "grande coligação" feita pelo líder do Partido Popular e que incluiria também o partido Ciudadanos (centro-direita).

"O PSOE não vai estar em nenhuma grande coligação. Somos a alternativa e não vamos apoiar quem queremos que mude", disse Sanchez depois do encontro com Rajoy.

O líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) insistiu que cabe ao chefe do governo de gestão encontrar uma solução com todos os partidos de direita e que o PSOE será a oposição.

Mariano Rajoy vai também reunir-se na quarta-feira com Albert Rivera, líder do Ciudadanos, o quarto partido mais votado nas eleições de 26 de junho.

Essas eleições realizaram-se seis meses depois das de 20 de dezembro do ano passado e de os partidos políticos espanhóis não terem conseguido chegar a um acordo sobre a formação do novo governo.

O líder do PP anunciou na sexta-feira, após um encontro com o rei, Felipe VI, que vai submeter-se no parlamento a uma votação de investidura e tentar formar governo.

O PP foi o partido mais votado nas eleições de 26 de junho, elegendo 137 deputados num total de 350, mas precisa que o PSOE e o Ciudadanos se abstenham na votação de investidura para poder formar um governo minoritário.

O PSOE ficou em segundo lugar, conquistando 85 lugares, enquanto a aliança de esquerda Unidos-Podemos ficou em terceiro, com 71 deputados. A quarta formação mais votada foi o Ciudadanos, que alcançou 32 assentos.

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