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Papa reza em Auschwitz. "Senhor, perdão por tanta crueldade"

O papa Francisco entrou hoje a pé, sozinho e em silêncio, no campo de concentração nazi de Auschwitz, perto de Cracóvia, através do famoso portão decorado com as palavras 'Arbeit macht frei' (O trabalho liberta).

Papa reza em Auschwitz. "Senhor, perdão por tanta crueldade"
Notícias ao Minuto

10:41 - 29/07/16 por Lusa/Notícias ao Minuto

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"Senhor, tem misericórdia do teu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade", escreveu o papa Francisco no livro de assinaturas do campo de concentração, tendo assinado 'Franciscus'.

O chefe da Igreja católica esteve sentado num banco e rezou silenciosamente, durante mais de dez minutos.

Foi até ao Muro da Morte, onde os alemães nazis executaram milhares de prisioneiros com uma bala na cabeça.

Foi recebido pela primeira-ministra polaca, Beata Szydlo, e encontrou-se com um grupo de 12 sobreviventes polacos, judeus e ciganos, incluindo a violinista Helena Dunicz-Niwinska, de 101 anos. Francisco trocou algumas palavras com cada um dos sobreviventes e acendeu uma vela em frente ao Muro da Morte, que tocou com a mão.

Em seguida, dirigiu-se à cela do campo onde o sacerdote polaco Maximiliano Kolbe morreu de fome e de sede às mãos dos nazis para salvar um pai.

A visita ao campo nazi decorre no mesmo dia em que se assinalam os 75 anos da condenação à morte de sacerdote franciscano polaco, proclamado santo por João Paulo II em 1982.

O papa deverá visitar em seguida Auschwitz II-Birkenau, onde chegavam comboios repletos de deportados que seguiam diretamente para as câmaras de gás.

No memorial de Birkenau, o grande rabino da Polónia Michael Schudrich vai ler o salmo 130, em hebraico. A mesma leitura será feita por um padre polaco oriundo de uma localidade onde uma família católica foi exterminada por ter acolhido e escondido judeus.

Cerca de 25 católicos polacos que arriscaram a vida para ajudar judeus durante a ocupação nazi do país, nomeados "Justos entre as Nações" pelo instituto israelita Yad Vashem vão falar com o papa da sua experiência.

Perto de 1,1 milhão de pessoas foram mortas em Auschwitz-Birkenau, incluindo um milhão de judeus europeus. Mais de cem mil não-judeus, polacos, ciganos e prisioneiros de guerra soviéticos foram assassinados no mesmo local. O exército soviético libertou o campo em 1945.

Dois papas, um polaco e outro alemão, visitaram Auschwitz, antes de Francisco: João Paulo II em 1979 e Bento XVI em 2006.

No início da visita à Polónia, Francisco advertiu que o mundo estava a viver uma terceira guerra mundial fragmentada, lembrando as duas anteriores.

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