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Bruxelas mostra preocupação com detenções de jornalistas na Turquia

A Comissão Europeia manifestou hoje preocupação com as detenções de jornalistas e encerramentos de jornais na Turquia, na sequência da declaração do estado de emergência depois de uma tentativa falhada de golpe de Estado.

Bruxelas mostra preocupação com detenções de jornalistas na Turquia
Notícias ao Minuto

13:39 - 28/07/16 por Lusa

Mundo Comissão Europeia

Na habitual conferência de imprensa diária, em Bruxelas, a porta-voz do executivo comunitário, Maja Kocijancic, afirmou serem preocupantes as informações acerca de detenções e encerramentos na Turquia e sublinhou que a liberdade de expressão é uma das fundações da democracia.

"Em qualquer circunstância, a Turquia deve continuar a respeitar as leis e os direitos humanos fundamentais", resumiu a mesma fonte, recordando que a Turquia como país candidato à adesão à União Europeia deve cumprir todos os requisitos de um Estado de Direito.

A Comissão Europeia também assinalou a importância do direito de todos a um julgamento justo.

Na sequência da tentativa de golpe militar, de 15 de julho, o executivo turco declarou o estado de emergência e desencadeou uma purga em diversos organismos estatais para localizar os alegados seguidores de Fethullah Gülen, o clérigo islamita exilado nos Estados Unidos e que Ancara acusa de ter patrocinado o golpe.

O executivo comunitário oficializou ainda mobilização de 1,4 mil milhões de euros para financiar apoios, nas áreas da educação e da saúde, para refugiados sírios que se encontram na Turquia.

Já esta semana, Bruxelas tinha garantido estar a cumprir o acordado com a Turquia em relação à crise dos refugiados, ao alocarem até ao final deste mês 2,15 mil milhões de euros.

À televisão pública alemã ARD, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tinha acusado a UE de não estar a cumprir o acordo que prevê que Ancara acolha de volta os migrantes que viajaram desde o seu território para as ilhas gregas.

Em troca da cooperação, os líderes europeus concordaram em acelerar a liberalização dos vistos para os turcos, relançar as negociações de adesão e ainda duplicar para um total de seis mil milhões de euros a ajuda que será concedida à Turquia até 2018 e que se destina a melhorar as condições de vida dos 2,7 milhões de sírios refugiados no país.

Segundo Erdogan, a Turquia só recebeu até agora menos de dois milhões de euros, pelo que "os governos [europeus] não estão a ser honestos".

"Três milhões de sírios, ou pessoas do Iraque, estão agora na Turquia. (...) A União Europeia não cumpriu aquilo que prometeu nesta matéria", afirmou.

Segundo o Presidente turco, os gastos da Turquia em ajuda a refugiados sírios ascendem já a 12 mil milhões de euros.

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