Partido populista alemão quer suspender direito de asilo aos muçulmanos
O vice-presidente do partido populista Alternativa para a Alemanha (AfD) exigiu hoje a suspensão do direito de asilo para os muçulmanos até estarem regularizados todos os processos de refugiados dessa religião a residir no país.
© Reuters
Mundo Alexander Gauland
"Nem todos os muçulmanos são terroristas, mas o terrorismo com motivação religiosa na Alemanha foi sempre e até agora muçulmano", disse Alexander Gauland.
No comunicado, Gauland denunciou as "políticas negligentes" da chanceler alemã, Angela Merkel, considerando que se transformaram num risco para a segurança de toda a Europa.
O atentado perpetrado por um menor refugiado afegão com um machado, num comboio que circulava nos arredores de Wurzburgo na passada semana, e a bomba que um requerente de asilo sírio fez explodir, no domingo, em Ansbach, reabriram o debate sobre a política de acolhimento da Alemanha.
No ano passado, a Alemanha recebeu cerca de 1,1 milhões de refugiados e no primeiro semestre deste ano entraram mais 222 mil requerentes de asilo.
"Por razões de segurança, não podemos permitir a entrada, de forma incontrolada, de mais muçulmanos na Alemanha", sublinhou Gauland, cujo partido obteve bons resultados nas últimas eleições locais alemãs, na sequência de uma campanha baseada na crise dos refugiados e num discurso xenófobo.
O líder da AfD alertou para a presença de terroristas entre os migrantes muçulmanos, que chegam ilegalmente ao país e acusou Merkel de ignorar esse perigo.
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