Líder da oposição condenado a 2 anos de prisão por "desordem pública"
O líder do partido Unidos pelo Congo (UPC), Paulin Makaya, foi condenado a dois anos de prisão por "desordem pública" durante as manifestações de protesto de 2015 contra o presidente congolês, Dennis Sassou Nguesso, noticia hoje a imprensa local.
© Reuters
Mundo Congo
Segundo os relatos, o tribunal de Brazzaville deu como provado que Makaya organizou e participou, em outubro desse ano, nas manifestações contra Nguesso e condenou-o por "incitar aos distúrbios" durante os protestos, em que ocorreram também confrontos com a polícia congolesa.
A sentença, segundo a imprensa, inclui também uma multa de 2,5 milhões de Francos centro-africanos (cerca de 3.800 euros).
No julgamento, o Ministério Público pediu cinco anos de prisão para o líder da oposição, que se encontra em prisão preventiva desde que foi detido em novembro de 2015, por organizar e participar nas manifestações de protesto contra a alteração da Constituição, que permitiu a Nguesso apresentar-se novamente às presidenciais de março deste ano e ganhá-las.
Cerca de duas dezenas de ativistas e opositores estão detidos e a aguardar julgamento em Brazzaville, acusados de envolvimento em desordens públicas, tendo várias organizações de defesa dos direitos humanos denunciado a repressão de Nguesso contra os críticos.
Sassou Nguesso está no poder há três décadas e ganhou as presidenciais de março último com 60,39% dos votos numas eleições consideradas "uma farsa" pela oposição congolesa e pela comunidade internacional.
À crise política que assola o país junta-se uma recessão económica provocada pelos baixos preços do petróleo, que representa cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do Congo, 75% das receitas do Estado e 80% das exportações.
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