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Matou 19 pessoas à facada pelo "bem do Japão" e entregou-se

O homem que matou 19 pessoas com uma faca num centro de deficientes no Japão esteve internado recentemente num hospital psiquiátrico, por ser considerado perigoso, disseram hoje as autoridades locais.

Matou 19 pessoas à facada pelo "bem do Japão" e entregou-se
Notícias ao Minuto

09:02 - 26/07/16 por Lusa

Mundo Autoridades

O suspeito, de 26 anos, entrou durante a madrugada de hoje numa residência de deficientes nos subúrbios de Tóquio, onde tinha trabalhado, e apunhalou mais de 40 pessoas, matando 19 delas.

Depois, entregou-se à polícia, confessando que quer "os deficientes fora deste mundo", segundo fontes policiais citadas pela imprensa japonesa.

O homem despediu-se do cento de deficientes a 19 de fevereiro passado, onde trabalhava desde 2012, revelou um porta-voz da câmara municipal local, numa conferência de imprensa.

Nesse mesmo dia, a polícia alertou a câmara para a possibilidade de o homem cometer um ato violento, depois de ter tentado entregar uma carta a um deputado local, em que manifestava a intenção de "matar 470 deficientes pelo bem do Japão", segundo as autoridades locais.

"As vidas das pessoas com múltiplas deficiências são extremamente difíceis e, por isso, o meu objetivo é conseguir um mundo em que essas pessoas recebam a eutanásia com o consentimento de um tutor", escreveu, na mesma carta.

Por causa deste episódio, foi submetido a testes médicos e internado num hospital psiquiátrico, com os médicos a considerarem-no perigoso, disse o porta-voz do município.

A 2 de maio passado teve alta, após 12 dias de internamento, por os psiquiatras terem concluído que tinha melhorado e que já não representava perigo. As autoridades não tinham voltado a receber queixas relacionadas com o seu comportamento.

O homem não tinha antecedentes criminais ou de qualquer tipo de delinquência.

O Governo japonês já tinha dito não haver ligações a terrorismo islâmico neste caso, o maior massacre no país desde a Segunda Guerra Mundial.

"Para já, não temos informação que vincule o suspeito a grupos islamitas", disse o porta-voz do Governo, Yoshihide Suga, numa conferência de imprensa, citado pela agência de notícias Kyodo.

Yoshihide Suga considerou o "incidente extremamente trágico e chocante".

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