FBI investiga fuga de mensagens eletrónicas do Partido Democrático
A Polícia Federal de Investigação (FBI) anunciou hoje que está a investigar a "invasão cibernética" do Comité Nacional Democrático (DNC), depois da fuga de mensagens eletrónicas.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
As mensagens revelam que líderes do partido tentaram prejudicar a campanha de Bernie Sanders, concorrente à nomeação do partido para as presidenciais de novembro.
A fuga de documentos na sexta-feira provocou alvoroço à medida que a convenção democrática - para formalizar a nomeação de Hillary Clinton para a eleição presidencial - começa em Filadélfia.
A campanha de Clinton tem procurado desviar-se de questões sobre tentativas do partido para inviabilizar a candidatura do rival Sanders, sugerindo que a Rússia está por detrás das fugas de informação para ajudar o candidato republicano Donald Trump.
"O FBI está a investigar uma invasão cibernética que envolve o DNC e está a trabalhar para determinar a natureza e o alcance da matéria", disse a polícia federal, numa curta declaração.
"Um compromisso desta natureza é algo que encaramos de forma séria, e o FBI vai continuar a investigar e a responsabilizar aqueles que são uma ameaça para o ciberespaço", lê-se também na declaração.
O portal da Internet WikiLeaks publicou no fim de semana quase 20.000 mensagens eletrónicas trocadas entre janeiro de 2015 e maio de 2016, adquiridos por piratas eletrónicos que alegadamente invadiram as contas de sete líderes do Comité Nacional Democrático.
O escândalo em relação ao aparente desvio dentro do partido, que supostamente é neutro em relação aos candidatos, levou a presidente do DNC, Debbie Wasserman Schultz, a anunciar no domingo que se demitirá do cargo no final da convenção.
A campanha de Clinton, entretanto, está a tentar impor a ideia de que a Rússia esteve por detrás da fuga de mensagens para ajudar à vitória de Trump.
"Especialistas dizem que funcionários do Estado russo invadiram o DNC, retiraram essas mensagens, e agora estão a publicá-los através desses 'sites'", contou o responsável da campanha Robbu Mook ao canal de televisão norte-americano ABC.
"É problemático que alguns especialistas estejam agora a dizer-nos que isto foi feito pelos russos com o objetivo de ajudar Donald Trump", continuou.
Trump tem tentado há muito recolher votos dos eleitores insatisfeitos que acham que Sanders -- que se descreve como socialista democrático e que foi inicialmente rejeitado por ser considerado um candidato à margem -- não teve uma oportunidade justa na corrida à nomeação.
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