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Cerca de 130 refugiados em greve de fome na fronteira servo-húngara

Cerca de 130 refugiados que chegaram esta noite à fronteira servo-húngara depois de uma marcha de protesto desde Belgrado, estão agora em greve de fome, pedindo à Hungria a entrada na União Europeia (UE).

Cerca de 130 refugiados em greve de fome na fronteira servo-húngara
Notícias ao Minuto

11:44 - 25/07/16 por Lusa

Mundo Migrantes

A informação é da televisão pública sérvia RTS, que indica que os migrantes se recusaram a usufruir de 30 tendas que lhes foram postas à disposição, junto de outros 650 refugiados que esperam a entrada na Hungria, e instalaram-se num terreno arenoso a cerca de 500 metros da zona de trânsito húngara na fronteira de Horgos/Roszke.

A grande maioria dos 130 refugiados é proveniente do Afeganistão e Paquistão, pelo que a UE os considera como imigrantes "económicos", com fracas probabilidades de obter o asilo.

O grupo chegado à fronteira fazia parte de um conjunto de 300 refugiados que iniciou na sexta-feira uma marcha de protesto desde Belgrado, numa extensão de 200 quilómetros.

A Hungria introduziu normas restritivas de asilo na semana passada, pelo que só deixa entrar cerca de 30 pessoas por dia.

O ministro sérvio dos Assuntos Sociais, Aleksander Vulin, disse hoje à RTS que a Sérvia acolhe atualmente cerca de 3.000 migrantes e o número está a crescer desde as patrulhas iniciadas na semana passada por unidades conjuntas da Polícia e do Exército para impedir passagens ilegais nas fronteiras.

"O número de entradas desde a Bulgária e Macedónia vai diminuindo, não porque a crise terá passado, mas porque introduzimos novas medidas", disse Vulin.

O ministro advertiu que os refugiados que procuram asilo na Sérvia vão ser acolhidos em centros de abrigo, "e quem não aceitar, será devolvido ao país de onde veio".

Os migrantes veem a Sérvia como um país de trânsito para os seus destinos na União Europeia e muito poucos pediram asilo no país.

A Sérvia fazia parte, com a Macedónia, a Croácia e a Eslovénia da "rota dos Balcãs", usada por milhares de migrantes para deslocação aos países ricos na Europa, como a Alemanha.

A rota foi oficialmente encerrada no mês de março, mas os refugiados ainda não desistiram.

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