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Um dia de terror em Munique, muitas perguntas por responder

Dez pessoas, incluindo o atirador, morreram num centro comercial em Munique, na Alemanha. Ainda não se sabe o que motivou o ataque.

Um dia de terror em Munique, muitas perguntas por responder
Notícias ao Minuto

08:32 - 23/07/16 por Carolina Rico

Mundo Tiroteio

Munique acorda com a normalidade possível depois de uma tarde marcada pelo medo. O estado de emergência foi levantado e os transportes públicos já voltaram a funcionar.

Ao final da tarde desta sexta feira, um homem disparou sobre as pessoas que encontrou à porta de um McDonald’s, depois dentro do centro comercial Olympia. Nove, incluindo vários adolescentes, acabaram por morrer.

Sabe-se agora que este atirador teria 18 anos e dupla nacionalidade: alemã e iraniana. Filho de iranianos, viveria em Munique há vários anos e não tinha antecedentes criminais. Terá agido sozinho, ao contrário do que se pensou inicialmente.

Já o motivo ou explicação para este crime é “totalmente desconhecido", disse a polícia alemã na sua última conferência de imprensa.

As únicas pistas recaem numa troca de insultos com um homem que filmava o ataque a partir de uma varanda. “Eu sou alemão, nasci aqui” e “seus malditos turcos”, disse o atirador.

O jovem foi encontrado morto a aproximadamente um quilómetro do local do tiroteio. Pensa-se que se terá suicidado com a pistola que usou no ataque, mas ainda será averiguado se não foi atingido pelos disparos da polícia.

Além das dez vítimas mortais, contado com o atirador, pelo menos 21 pessoas ficaram feridas, três das quais com gravidade.

A polícia respondeu em força: Cerca de 2.300 polícias estiveram envolvidos no terreno e investigações, incluindo operacionais da Suíça e da Áustria.

Também foi destacada uma maior presença policial para muitos dos centros comerciais do país e a Áustria e a República Chega aumentaram a vigilância nas suas fronteiras.

Loretta testemunhou o ataque a crianças no restaurante, a portuguesa Sara Pinto, a viver em Munique, contou que as pessoas seguiram as recomendações da polícia e evitaram espaços públicos e uma polaca a residir em Munique descreveu ao Notícias ao Minuto o pânico vivido no centro comercial.

Eliana de Matos Weyer, uma portuguesa a viver em Munique há quase 17, anos teve melhor sorte. Esteve para ir ao centro comercial na precisa hora do ataque, mas acabou por decidir ir para casa diretamente depois do trabalho. Estava cansada.

Angela Merkel convocou para este sábado uma reunião do Conselho de Segurança federal e o apoio chegou de vários países. Obama, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e os primeiros-ministros da Bélgica e do Luxemburgo manifestaram-se "horrorizados" e Hollande, enviou uma "mensagem pessoal de apoio" à chanceler.

Também Marcelo Rebelo de Sousa expressou a sua "solidariedade e vivo repúdio pelo ato de violência gratuita" do ataque em Munique.

Este é o segundo ataque na Alemanha no espaço de uma semana. Esta segunda-feira um afegão de 17 anos atacou os passageiros de um comboio com um machado e uma faca na Baviera. Dias depois este ataque foi reivindicado pelo ISIS.

Apesar de ter sido tratado como tal, o tiroteio de ontem não foi reivindicado nem há provas concretas de que tenha motivações terroristas.

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