Mais de 100 execuções na Arábia Saudita desde o início de 2016
As autoridades sauditas executaram hoje um cidadão do país por assassínio, a 101.ª execução desde o início do ano no reino regido por uma rigorosa interpretação da lei islâmica, anunciou o Ministério do Interior.
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Na quinta-feira, tinham sido atingidas as 100 execuções de condenados, com a maioria destes a serem decapitados por espada.
A ONG Amnistia Internacional (AI), que há vários meses vem alertando pelo crescente número de execuções na Arábia Saudita, pediu hoje a Riade para "impor de imediato uma moratória sobre as execuções e abolir a pena de morte em definitivo".
"A Arábia Saudita acelera a sua utilização de uma sanção cruel e inumana sem consideração pela justiça e dos direitos humanos", acrescentou Philip Luther, diretor da AI para o Médio Oriente e África do norte.
Em 2 de janeiro, 47 pessoas foram executadas num único dia por 'terrorismo', incluindo o clérigo e opositor xiita Nimr al-Nimr, com a sua morte a originar uma crise com o Irão.
Em 2015 foram executadas na Arábia Saudita 153 pessoas, um número que não era atingido há 20 anos, indica a agência noticiosa France-Presse.
"A este ritmo, os executores do reino vão rapidamente atingir e mesmo ultrapassar" o nível atingido em 2015, lamenta a AI.
As autoridades sauditas evocam a dissuasão para justificar a pena de morte, aplicada em casos de terrorismo, morte, violação, assalto à mão armada e tráfico de droga.
Segundo um estudo da AI, que não incluiu a China - cujo número de aplicações da pena capital não são divulgadas publicamente -, a Arábia Saudita é o terceiro país com mais execuções após o Irão e o Paquistão.
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