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ONU pede "coordenação multissectorial" a Cabo Verde

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu hoje uma "coordenação multissectorial" a Cabo Verde para o país poder assegurar a coerência nas políticas de desenvolvimento e na implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

ONU pede "coordenação multissectorial" a Cabo Verde
Notícias ao Minuto

23:59 - 22/07/16 por Lusa

Mundo Desnvolvimento

O apelo foi feito pela coordenadora residente da ONU em Cabo Verde, Ulrika Richardson, no âmbito do encontro anual dos chefes das agências, fundos e programas da organização no arquipélago, que acontece desde quinta-feira na cidade da Praia.

"O que foi muito discutido é a necessidade de ter uma muito boa coordenação ao nível nacional, uma coordenação multissectorial, para assegurar a coerência horizontal das políticas para o desenvolvimento, mas também uma coordenação entre vários parceiros", disse à Lusa Ulrika Richardson.

Segundo a coordenadora residente da ONU em Cabo Verde, deve haver uma coordenação em vários níveis, desde o público, privado, sociedade civil, Governo, mas também com os parceiros internacionais.

Numa conferência realizada no ano passado, a Declaração da Praia reconheceu a necessidade de "alinhar planos e visões" de desenvolvimento nacional e integrar os objetivos de desenvolvimento nacional e local.

Ulrika Richardson disse à Lusa que as discussões do encontro têm sido no sentido de reconhecer o compromisso do Governo de Cabo Verde para aplicar os ODS e como a ONU poderá apoiar na sua melhor execução.

A coordenadora residente notou que o encontro das agências acontece num contexto "muito particular", em que a nível global é o primeiro da execução dos 17 ODS, a nível local há um novo Governo e também é o último ano da estratégia de cooperação com Cabo Verde.

Durante o encontro, serão discutidas várias questões, como as prioridades, agenda, desafios, oportunidades, linhas estratégicas e próximo programa de cooperação.

Questionada sobre os valores para o próximo programa de cooperação, Ulrika Richardson sublinhou que a ONU "não é um doador", e que o seu papel é mais de assistência técnica e trabalhar ao nível das políticas.

Ainda assim, adiantou que o envelope financeiro para Cabo Verde para esses cinco anos é "bastante importante" e vai continuar a rondar os 20 milhões de dólares (18,1 milhões de euros), quantia que espera não venha a baixar nos próximos anos.

Quanto às preocupações da ONU, a coordenadora residente apontou a insegurança e o fraco crescimento económico, dizendo também que o investimento tem que ser reforçado, que o clima de negócios deve melhorar e que o país deve alargar a base fiscal para poder sustentar as políticas e dinamizar a economia.

O encontro termina hoje, seguindo-se um diálogo estratégico entre membros do Governo cabo-verdiano e os representantes das agências da ONU no país, que querem conhecer a visão do Executivo liderado por Ulisses Correia e Silva para o país e para a cooperação.

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