Candidato Evaristo aposta tudo em ganhar à primeira volta
Além de Evaristo Carvalho, são favoritos o atual Presidente, Manuel Pinto da Costa, e Maria das Neves, apoiada por vários partidos na oposição, uma fragmentação política que pode favorecer a união dos opositores do executivo, liderado por Patrice Trovoada.
© Lusa
Mundo São Tomé/Eleições
"Por isso é que estamos a trabalhar para ganhar à primeira volta", reconheceu Evaristo Carvalho, que acusa em particular o atual Presidente de ser um dos responsáveis pela instabilidade política do país.
"Ele tem a sua agenda própria e pessoal, enquanto o governo tem outra agenda. O país deve trabalhar com uma agenda única, em que todos devemos remar para o mesmo rumo" porque "quando há várias agendas, as coisas não funcionam bem", afirmou.
Ao Governo cabe governar, afirmou Evaristo Carvalho, que é partidário da atual Constituição, que estabelece um regime semipresidencialista de pendor parlamentar, com semelhanças com Portugal.
"Neste momento de desenvolvimento do país, concordo perfeitamente com o modelo que está inscrito na nossa Constituição", porque o que "interessa é entendimento entre os homens para que tudo se faça a bem do país, a bem da população, a bem da juventude", afirmou.
Candidato derrotado há cinco anos, Evaristo Carvalho é hoje mais otimista quanto ao resultado final: "Estou convencido que os nossos eleitores ganharam uma maior consciência. Exigem uma mudança imediata que faça com que o país avance".
Por isso, Evaristo Carvalho propõe ao eleitorado "uma harmonia entre os órgãos de poder" do ponto de vista partidário, rejeitando que isso conduza a algum tipo de absolutismo.
"Temos exemplos em vários países em que a democracia não corre qualquer risco quando há coincidência entre Governo e Presidência", pelo que "não existe perigo de partido único nem coisa alguma", afirmou, dando o exemplo de Cabo Verde, como um desses casos.
"Estamos convencidos que dá maior probabilidade de entendimento, tranquilidade e coesão do Estado", que é algo de que "nós precisamos", disse.
Além dos três principais candidatos, os cerca de 200 mil são-tomenses terão ainda nos boletins os nomes do professor Manuel do Rosário e do economista Hélder Barros.
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