"NATO não procura a confrontação com a Rússia"
Varsóvia, 08 jul - O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reiterou hoje que a Aliança do Tratado do Atlântico Norte não procura a confrontação com a Rússia, numa declaração feita horas antes do início da cimeira, em Varsóvia.
© Reuters
Mundo Stoltenberg
"A NATO não procura a confrontação com a Rússia, nem uma nova Guerra Fria, isso é história e permanecerá como parte da história", afirmou Jens Stoltenberg, num fórum de especialistas reunidos para a cimeira da organização na capital polaca.
Os aliados "procuram um diálogo significativo com a Rússia", para "deixar claro a nossa posição" e "reduzir a possibilidade de incidentes que escapam ao controle", salientou.
Além disso, defendeu Stoltenberg, a Rússia "é o maior vizinho" da UE e uma "parte integral da segurança europeia", de modo que "é essencial manter o diálogo".
Recordou, a esse propósito, que foi estabelecido "o Conselho NATO-Rússia (um marco de diálogo entre as duas forças) como um fórum para o diálogo em todas as circunstâncias".
"É especialmente importante que utilizemos esta ferramenta agora", defendeu Stoltenberg, aludindo à nova reunião do Conselho NATO-Rússia a nível de embaixadores, em Bruxelas, convocada para 13 de julho.
As declarações de Jens Stoltenberg foram feitas poucas horas antes dos líderes aliados terem aprovado a formação de quatro batalhões multinacionais rotativos, com cerca de 4.000 efetivos, na Polónia, Estónia, Letónia e Lituânia, liderados pelo Canadá, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos.
Além disso, concordaram em estabelecer uma brigada multinacional na Roménia e combater de maneira mais eficaz as ameaças híbridas e cibernéticas e os potenciais ataques de mísseis balísticos vindo de fora do espaço euro-atlântico.
"Tudo o que fazemos é defensivo, transparente", frisou Stoltenberg.
O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, afirmou, por sua vez, que a anexação da península ucraniana da Crimeia por parte da Rússia, bem como o terrorismo e a "imigração em massa" tem "golpeado a permanência da ordem internacional".
"Temos que fazer o que pudermos para uma vida livre de incerteza, medo ou preocupação", defendeu Andrzej Duda.
Para o Presidente polaco, a cimeira de Varsóvia "tem de unidade, solidariedade e determinação na execução desta tarefa fundamental" e deixar claro que "não cedemos à chantagem e agressão".
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