De acordo com um comunicado do Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua, a instalação agroindustrial de produção de farinha de mandioca, no município de Itapecuru-Mirim, está inserida no projeto "Ká Amubá - Promoção de Tecnologias de Economia Solidária em áreas de Quilombos, no Maranhão", promovido pelo Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) e pela Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão (ACONERUQ).
Este projeto, lançado em 2013 e que encerrará este ano, pretende promover o crescimento dos rendimentos familiares e melhorar as condições de salubridade das comunidades rurais quilombolas do Maranhão, apostando no reforço das atividades produtivas locais com base em princípios de economia solidária e inclusão social.
De acordo com o comunicado, um quilombo é "toda comunidade negra rural que agrupe descendentes de escravos, vivendo de cultura de subsistência e onde as manifestações culturais têm forte vínculo com o passado".
Esta intervenção foi reconhecida como uma boa prática no desenvolvimento de metodologias participativas pelo Governo do Maranhão, pela FAO e pelas Nações Unidas e beneficia do cofinanciamento da União Europeia e do instituto Camões, refere a nota.
Trata-se da continuação do "Projeto de Apoio a Comunidades no Brasil: Iniciativas Inovadoras de Desenvolvimento Sustentável" (2004-2009) e do projeto "O percurso dos Quilombos. De África para Brasil e o Regresso às Origens" (2009-2012), também cofinanciados pela UE e pela Cooperação Portuguesa.
De acordo com o IMVF, projeto "Ká Amubá - Promoção de Tecnologias de Economia Solidária em áreas de Quilombos, no Maranhão" vai receber, hoje e sexta-feira, a visita do embaixador da União Europeia no Brasil, João Cravinho, que participará também na inauguração da fábrica agroindustrial de mandioca.