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"O que estão aqui a fazer? É a última vez que aplaudem aqui"

Momento tenso esta manhã na Comissão Europeia.

Notícias ao Minuto

12:45 - 28/06/16 por Andrea Pinto

Mundo Juncker

O Parlamento Europeu (PE) aprovou hoje por larga maioria uma resolução conjunta de três grupos políticos em que se pede a "aplicação imediata" do processo de retirada do Reino Unido da União Europeia (UE).

Mas a decisão, que segundo Jean Claude-Juncker deve ser respeitada, valeu algumas farpas do presidente da Comissão Europeia a Nigel Farage, um dos principais rostos da campanha a favor do Brexit.

"Temos de respeitar a democracia britânica e a decisão que tomaram", começou por afirmar Juncker. A declaração valeu-lhe aplausos por parte dos representantes britânicos na sessão, palmas a que respondeu de forma crítica.

"Esta é a última vez que aplaudem aqui", disse, com um sorriso sarcástico, valendo-lhe a afirmação aplausos de todas as outras bancadas.

"Aliás, estou surpreendido que aqui estejam. Lutaram pela saída. Os britânicos votaram para sair. Porque é que aqui estão, então?", volta a perguntar o luxemburguês.

O hemiciclo tornou-se então numa espécie de zona de guerra, com duras palavras, entre a fação eurocética e as restantes bancadas.

Nigel Farage, um dos principais rostos da campanha a favor do Brexit, tornou-se no alvo dos ataques verbais, tendo por sua vez apelado para o bom senso e para uma “atitude adulta para a forma como vão negociar uma nova relação diferente” com a União Europeia. Porém, não deixou também de deixar as suas críticas.

"Quando aqui cheguei há 17 anos e disse que queria liderar uma campanha para tirar o Reino Unido da União Europeia, todos se riram de mim. Bem, agora não estão a rir", disse, defendendo que o Reino Unido não será o único país a sair da União Europeia.

Perante o plenário do Parlamento Europeu, Farage afirmou que a União Europeia está "em negação" em relação aos seus fracassos e a ambição errada de avançar para uma Europa unida de que os eleitores se afastam em massa.

Saliente-se que a reunião acabou com a aprovação por larga maioria do artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que prevê a saída de um Estado-membro -- "imediatamente invocado".

O Parlamento Europeu defendeu que a saída do Reino Unido deve ser feita o mais rapidamente possível, para se acabar com incertezas.

Aprovado o 50.º Artigo, durante os próximos dois anos, o Reino Unido tem de proceder à retirada da União Europeia.

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