EUA alertam para insegurança nas viagens ao Haiti
Os Estados Unidos da América renovaram na sexta-feira um alerta em relação às viagens ao Haiti por causa da instabilidade política no país e do clima de segurança "incerto".
© D.R.
Mundo Crise política
O Departamento de Estado norte-americano informou que o alerta se manterá até fevereiro do próximo ano, ou seja, após a realização da eventual segunda volta das eleições nacionais, a 08 de janeiro.
O primeiro alerta das autoridades norte-americanas foi acionado em março passado.
"O inacabado processo eleitoral presidencial do Haiti provocou um clima político e de segurança mais incerto, com possíveis manifestações que provocam alterações na circulação e no acesso a locais chave em Port-au-Prince", considera o Departamento de Estado, num comunicado.
OS Estados Unidos alertam ainda para a possibilidade de manifestações a 14 de junho, quando a Assembleia Nacional vai realizar uma votação sobre o mandato presidencial provisório atual.
A 06 de junho, uma comissão de verificação eleitoral decidiu anular os resultados das últimas eleições, realizadas a 25 de outubro, devido às fraudes.
Segundo o organismo, o número de votos não validados quase excedeu o número de votos legítimos.
Os candidatos que obtiveram mais votos foram Jovenel Moise, do Partido Haitiano Tet Kale (PHTK, no poder), e Jude Celestin, da Liga Alternativa para o Progresso e Emancipação Haitiana (LAPEH, oposição).
Centenas de apoiantes do partido haitiano Tet Kale, do antigo Presidente Michel Martelly, protestaram nas ruas do Haiti depois de se conhecer a decisão de anulação dos resultados.
Celestin recusou participar na segunda volta, então marcada para 27 de dezembro, devido "às graves irregularidades" no processo eleitoral, o que contribuiu também para que o Conselho Eleitoral Provisório tomasse a decisão, também naquela altura, de suspender as eleições.
O Haiti vive em crise política desde que o processo eleitoral foi suspenso em janeiro, devido a acusações da oposição na altura, denunciando um "golpe de Estado eleitoral" alegadamente fomentado pelo ex-presidente Michel Martelly.
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