Trabalhador de mosteiro hindu agredido até à morte no Bangladesh

Um homem de 62 anos que trabalhava num mosteiro hindu no Bangladesh foi agredido até à morte hoje por desconhecidos, no mais recente ataque do tipo contra minorias religiosas no país, predominantemente muçulmano, informou a polícia.

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© Reuters

Lusa
10/06/2016 06:59 ‧ 10/06/2016 por Lusa

Mundo

Violência

"Estava a caminhar quando vários atacantes o golpearam no pescoço (...) Morreu no local", disse o chefe da polícia local Abdullah Al-Hasan à agência AFP.

Nityaranjan Pande trabalhava há aproximadamente 40 anos no mosteiro.

A autoria do ataque não foi reivindicada.

O chefe da polícia do distrito de Pabna afirmou que o caso tem a marca dos ataques recentes levados a cabo por islamitas extremistas contra minorias ou ativistas seculares.

O Bangladesh vive uma onda de assassínios de ativistas leigos e liberais e praticantes de minorias religiosas que deixaram quase 50 mortos nos últimos três anos.

A maior parte dos mais recentes ataques foi reivindicada ou pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) ou por um braço da Al-Qaeda no sul da Ásia.

O Governo da primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, tem, no entanto, culpado os islamitas do país pelos ataques, rejeitando as reivindicações por parte do EI e Al-Qaeda.

Segundo analistas, a repressão da oposição por parte do Governo, incluindo a proibição de o maior partido islamita do país, Jamaat-e-Islami, concorrer às eleições em 2014, na sequência de uma longa crise política, levaram muitos para o extremismo.

Entre as vítimas dos ataques figuram autores de blogues, ativistas pelos direitos dos homossexuais e seguidores de religiões minoritárias.

Apesar de ser oficialmente um país laico, aproximadamente 90% da população do Bangladesh -- estimada em 160 milhões -- é muçulmana. Apenas 8% professa o hinduísmo.

 

 

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