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Quase metade da riqueza mundial está nas mãos de apenas 1% da população

Os milionários representam apenas 1% da população global, mas partilham perto de metade da riqueza privada mundial, de acordo com um relatório anual da empresa de consultoria Boston Consulting Group publicado hoje.

Quase metade da riqueza mundial está nas mãos de apenas 1% da população
Notícias ao Minuto

18:11 - 07/06/16 por Lusa

Mundo Estudo

No total, 18,5 milhões de privilegiados detêm 47% da riqueza do mundo acumulada em rendimentos, depósitos bancários ou títulos da bolsa. No seu conjunto representam 78,8 biliões de dólares (69,4 biliões de euros), um pouco mais que o PIB mundial, precisa o relatório hoje publicado.

Os Estados Unidos albergam o maior número de milionários, oito milhões, seguidos pela China, dois milhões, mas é no Liechtenstein e na Suíça que, em proporção, estão mais presentes.

A extrema concentração de riqueza é particularmente assinalável na América do norte, onde os 60,4 biliões de dólares (53,1 biliões de euros) acumulados em fortunas privadas estão detidos em 63% por milionários. Esta proporção, a mais forte do mundo, deverá inclusive atingir 69% em 2020, segundo as previsões do BCG.

O relatório regista que o ano de 2015 registou um aumento da riqueza privada de "apenas" 5,2%, contra 7% em 2014 e em particular nos "mercados desenvolvidos", devido designadamente às turbulências financeiras, instabilidade política e sanções económicas.

Segundo o relatório, a riqueza cumulada nos centros "offshore", que oferecem fraca fiscalidade e discrição aos não-residentes, progrediu por sua vez em 3% no espaço de um ano, para atingir perto de 10 biliões de dólares (8,8 biliões de euros).

A Suíça permanece o destino "offshore" privilegiado das grandes fortunas, à frente de Singapura e Reino Unido.

O relatório prevê que este setor continue a progredir nos próximos anos, apesar das "medidas de regulação destinadas a combater a evasão fiscal".

As revelações dos "Panama Papers" revelaram a utilização em larga escala dos centros "offshore" para escapar ao fisco, forçando diversas instituições internacionais a anunciar um novo plano para combater estas práticas.

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