Refugiados obrigados a prostituir-se para sobreviver na Grécia
Muitos migrantes homens estão a 'vender o corpo' para conseguir o mínimo de condições.
© Reuters
Mundo Migrantes
Dezenas de homens migrantes da Síria e do Afeganistão estão a ser obrigados a vender sexo por dois euros nos campos de refugiados, na Grécia.
Os homens, incluindo alguns adolescentes, estão a ser obrigados a prostituir-se para fazer dinheiro assim que chegam a Atenas, relata o Independent, citando o Global Post.
Enquanto alguns migrantes cobram 30 euros, uma boa parte destes vê-se forçada a aceitar menos de dois euros, por “vergonha de pedir mais”, escreve o jornal.
Este é um problema que tem sido relatado nos vários campos de refugiados em toda a Europa, ainda que seja uma prática mais associada às mulheres. Por essa razão, desconhece-se a verdadeira extensão da prostituição masculina nos campos de refugiados.
Abdullah, um migrante do Afeganistão confessou ter-se prostituído para sobreviver. "Podes vender drogas, vender sexo ou trabalhar. Não havia outro caminho para mim. Quando cheguei ao aeroporto, não tinha sequer 20 centavos”, disse Abdullah, justificando a razão pela qual se viu obrigado a ‘vender’ o corpo.
“Não tenho dinheiro para ir a lado nenhum, não sei o que fazer”, acrescentou ainda. Abdullah vive atualmente no complexo Hellinikon olímpico de Atenas, que abriga mais de 4.000 migrantes.
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