Poder chinês pode levar a desrespeito dos países vizinhos
O crescente poder da China está a levar o país a agir em desrespeito dos seus vizinhos, conclui um estudo financiado pelo governo japonês esta sexta-feira divulgado.
© Lusa
Mundo Estudo
"A China, contra o pano de fundo do seu crescente poder nacional e melhoria no seu poder militar, está cada vez mais a tomar acções que podem causar atritos com os países vizinhos, sem medo", refere o estudo ‘East Asian Strategic Review’, citado pela AFP.
O estudo, publicado hoje pelo Instituto de Defesa Nacional (National Institute for Defence Studies), é financiado anualmente pelo Ministério da Defesa do Japão e influencia a política de defesa do país.
As tensões entre Pequim e Tóquio aumentaram desde que, em Setembro do ano passado, o Japão nacionalizou algumas ilhas sob a sua administração no Mar da China Oriental.
As ilhas Senkaku, que Pequim denomina Diaoyu, são inabitadas mas consideradas estrategicamente importantes por serem ricas em recursos naturais, e voltaram a estar no centro das atenções nos últimos sete meses.
Mas o estudo agora divulgado destaca que a China já estava a preparar aumentar o tom das reivindicações territoriais antes da medida de nacionalização do governo japonês.
Em Janeiro do ano passado, Pequim classificou o arquipélago como "de interesse fundamental", posicionando o território ao lado de outros como o Tibete e Taiwan, de que o governo chinês nunca iria abrir mão, refere o estudo.
Não é apenas a relação da China com o Japão que se tornou complicada, observa o relatório, ao referir que a parceria estratégia entre Pequim e a Moscovo também pode ser afectada pelo aumento de poder da China.
Apesar de Xi Jinping ter escolhido A Rússia para primeira visita oficial ao estrangeiro depois de assumir as funções de Presidente da China, "a parceria estratégica russo-chinesa é mais complexa do que o que parece", indica.
"Uma relação equitativa será dificilmente mantida com o PIB da China a ser quatro vezes mais do que o da Rússia", acrescenta, dizendo que o desequilíbrio estava a levar Moscovo a reforçar as relações frágeis com o Japão.
Por outro lado refere que "em reuniões bilaterais recentes e em conferências ministeriais entre a Rússia e o Japão, Moscovo tem persistentemente requerido que Tóquio coopere em matéria de segurança, principalmente de segurança marítima".
"O reconhecimento de que as actividades marítimas da China em alto mar vão expandir-se em direcção ao norte, no futuro próximo, é um factor motivador para a Rússia buscar a cooperação com o Japão e os Estados Unidos", adianta.
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