Brasil: Governo nega compra de deputados e acusa oposição de calúnia
O advogado-geral da União (do Brasil), José Eduardo Cardozo, negou hoje que o Governo tenha comprado votos de deputados para a votação da impugnação do mandato da Presidente Dilma Rousseff e acusou a oposição de calúnia.
© Reuters
Mundo Impeachment
Os líderes dos partidos da oposição anunciaram no sábado que iam pedir uma investigação na Polícia Federal sobre atos cometidos pelo Governo nos últimos dias, acusando o Executivo de "desvio de finalidade", corrupção ativa e corrupção passiva.
Em causa estão nomeações para cargos públicos efetuadas nos últimos dias, que a oposição vê como uma tentativa de comprar votos para bloquear o pedido de impugnação, que está a ser votado hoje na Câmara dos Deputados.
"Não há ilegalidade nas nomeações (...) Também não há nada de irregular no decreto que transfere terras para o estado do Amapá. Essa decisão ocorreu após instauração de uma Câmara de Conciliação para mediar divergências entre órgãos públicos federais e o Amapá, resultando em acordo entre as partes", justificou o advogado-geral da União.
Num comunicado citado pela imprensa brasileira, José Eduardo Cardozo adiantou que irá denunciar os autores da queixa-crime por calúnia, quando for "comprovado que nada disso é corrupção.
"O Governo tem toda a legitimidade e amparo legal para nomear cargos que permitam a formação de uma nova base de governação", argumentou.
Numa votação renhida, os partidos e o governo desdobraram-se em esforços nos últimos dias para tentar decidir a votação do pedido de afastamento de Dilma Rousseff.
O pedido de impugnação do mandato presidencial será aprovado com 342 votos, enquanto o bloqueio do processo precisa de 172 votos.
Se a abertura do processo passar hoje, seguirá depois para aprovação no Senado, e, se também ali for aprovado, o vice-presidente, Michel Temer, assumirá temporariamente a Presidência.
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