O anúncio foi feito antes de um encontro em Washington entre os Presidentes Xi Jinping e Barack Obama, realizado à margem da quarta edição da cimeira sobre segurança nuclear, a decorrer na capital federal norte-americana entre hoje e sexta-feira.
A cerimónia de assinatura está agendada para 22 de abril em Nova Iorque, indicou a Presidência norte-americana, num comunicado.
A China e os Estados Unidos, os dois países mais poluentes do mundo, "vão adotar este ano o mais rápido possível as respetivas medidas internas" para aplicar o acordo, precisou a Casa Branca.
A vontade comum dos Presidentes Xi Jinping e Barack Obama de resolver o problema das emissões de dióxido de carbono foi um dos fatores-chave para o sucesso das negociações do acordo de Paris.
Este acordo, qualificado como histórico, fixou o objetivo de limitar o aquecimento global a dois graus Celsius até ao final do século, por referência ao período anterior à Revolução Industrial.
Nos Estados Unidos, Barack Obama, a menos de um ano de deixar a Presidência, enfrenta uma difícil batalha jurídica e política para conseguir manter os seus compromissos.
O Supremo Tribunal congelou um plano para a redução das emissões de gases com efeito de estufa das centrais elétricas norte-americanas, um dos aspetos fundamentais da estratégica climática da administração Obama.
Ao nível das relações com Pequim, o anúncio de hoje pretende evidenciar os pontos de convergência existentes nas relações sino-americanas.
A relação entre Washington e Pequim tem sido marcada por um clima de tensão motivado pelas ambições territoriais chinesas no Mar do Sul da China, pelo programa nuclear na Coreia do Norte, entre outros assuntos.