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Irão diz que ensaios de mísseis devem acompanhar a diplomacia

O líder supremo do Irão disse hoje que os mísseis que o país possui são decisivos para a sua segurança no futuro, contrariando os setores moderados que consideram a diplomacia como a principal prioridade.

Irão diz que ensaios de mísseis devem acompanhar a diplomacia
Notícias ao Minuto

17:27 - 30/03/16 por Lusa

Mundo Guia

As declarações do ayatollah Ali Khamenei parecem constituir uma resposta a uma recente mensagem do ex-presidente moderado Akbar Hashemi Rafsanjani na rede social Twitter, onde considerou que "o mundo de amanhã é o do diálogo, não dos mísseis".

"Os nossos inimigos reforçam constantemente as suas capacidades militares e de mísseis e nessa situação, como podemos dizer que o tempo dos mísseis está ultrapassado?", afirmou o guia supremo na sua página da internet, após um encontro com responsáveis religiosos em Teerão.

"Neste mundo que se assemelha a uma selva, se a República Islâmica procurasse apenas a negociação, o comércio (...), a tecnologia e a ciência, mas não tivesse o poder de defesa, até os pequenos países ousariam ameaçar o Irão", justificou.

"Tal não justifica que sejamos contra a negociação, mas que devemos negociar com firmeza e com vigilância para não sermos enganados", acrescentou.

Os Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha consideraram hoje que os recentes disparos de mísseis balísticos iranianos contrariam as resoluções da ONU, e solicitaram ao Conselho de Segurança que analise essa violação.

Estes países afirmam que diversos tipos de mísseis iranianos têm capacidade para transportar armas nucleares, uma alegação firmemente desmentida pelas autoridades políticas e militares em Teerão.

Os Estados Unidos impuseram novas sanções após os recentes disparos efetuados pelo Irão, que considera ter esse direito e anunciou o seu prosseguimento e intensificação no âmbito de uma estratégia "dissuasiva".

Segundo o guia supremo, "no mundo complicado de hoje e de amanhã, devemos utilizar todos os meios políticos, económicos, sociais e de defesa para reforçar a posição do Irão".

"Os inimigos da revolução [islâmica] utilizam o diálogo, o comércio, as ameaças militares e qualquer outro meio" contra os interesses do Irão e "devemos ser capazes de (...) nos defender em todos estes domínios", acrescentou.

Khamenei tem alertado regularmente contra os riscos de "infiltração" estrangeira no país após a conclusão em junho de 2015 de um acordo nuclear entre o Irão e as grandes potências, que também têm sido acusadas, em particular os Estados Unidos, de não respeitarem os seus compromissos.

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