Na ilha de Bastoey, no sul de Oslo, existe uma prisão onde os reclusos podem fazer caminhadas à volta do estabelecimento prisional como se de uma pequena povoação se tratasse.
Escreve a BBC que aos reclusos é dada a oportunidade de cozinhar, jogar ténis, jogar às cartas e até esquiar. Os detentos têm uma espécie de praia particular e são também os responsáveis por administrar a linha férrea que liga a ilha ao continente.
“Temos algo a que chamamos o ‘princípio da normalidade’ dentro do sistema prisional da Noruega”, explicou à BBC o diretor da prisão, Tom Eberhardt, defendendo que “um dia na prisão não deve ser em nada distinto de um dia na vida quotidiana, tanto quanto possível”.
Outro exemplo que transforma as prisões norueguesas num lugar de sonho para os reclusos é o estabelecimento prisional de Halden, situado perto da fronteira com a Suécia.
Aqui, os reclusos trabalham em carpintaria e nas cozinhas e têm ao seu dispor diversos objetos metálicos e afiados, o que não se revela um problema.
Os presos têm ainda acesso a um estúdio de música onde há guitarras, pianos e uma bateria à sua disposição.
O ex-diretor das prisões de Nova Iorque, James Conway, foi convidado a visitar este estabelecimento prisional há dois anos. Em declarações a uma estação de televisão finlandesa, citada pela BBC, o então responsável descreveu aquela prisão como sendo uma “utopia”.
Coincidência ou não, a verdade é que a taxa de reincidência criminal na Noruega ronda os 20%. Por outras palavras, é uma das mais baixas do mundo.