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Tribunal internacional acusa ex-Khmer vermelho de genocídio

O tribunal internacional apoiado pela ONU, que está a julgar no Camboja os líderes dos Khmer vermelhos, acusou hoje de genocídio um antigo responsável intermédio do regime.

Tribunal internacional acusa ex-Khmer vermelho de genocídio
Notícias ao Minuto

14:27 - 14/03/16 por Lusa

Mundo Camboja

O cambojano Ao An, mais conhecido como Ta An, foi acusado de tentar exterminar a minoria muçulmana 'cham', além de escravatura, tortura, perseguição ou casamentos forçados, entre outras acusações, de acordo com um comunicado do tribunal.

O acusado, agora octogenário, era em 1977 vice-secretário do regime dos Khmers vermelhos na zona central do país, onde as execuções nas prisões e campos de trabalho aumentaram na sequência da designação de Ao An, até somar dezenas de milhares de mortos.

O tribunal dividiu o julgamento dos Khmers vermelhos em quatro partes principais e, algumas delas, foram também subdivididas por receio de que os acusados, de idade avançada e estado de saúde frágil, morram antes de conhecerem a sentença.

Na primeira parte foi julgado Keing Guek Eav, ou 'Duch', diretor da prisão S-21 em Phnom Penh e responsável pela tortura e execuções de milhares de pessoas, que foi condenado a prisão perpétua em 2012.

A segunda, também dividida, incluiu o "número dois" do regime Nuon Chea, o chefe de Estado Khieu Samphan, o ministro dos Negócios Estrangeiros Ieng Sary e a ministra dos Assuntos Sociais e mulher de Ieng, Ieng Thirith.

Ieng Sary morreu em 2013 aos 87 anos, enquanto a mulher morreu em agosto passado aos 88.

Nuon Chea, de 89 anos, e Khieu Samphan, de 84, foram condenados em 2014 a prisão perpétua por crimes contra a humanidade. Os dois ex-responsáveis recorreram da sentença, mas estão ser julgados por outras acusações.

As terceira e quarta parte deste processo são contra Ta An, Meas Muth, ex-chefe da armada, Im Chaem e Yim Tith, ex-secretários de distrito.

Cerca de 1,7 milhões de pessoas morreram no Camboja durante o regime dos Khmers vermelhos (1975-79), devido a trabalhos forçados, doenças, fome e purgas políticas.

O líder supremo da organização Pol Pot morreu em 1998 na selva do norte do Camboja.

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