Meteorologia

  • 16 ABRIL 2024
Tempo
20º
MIN 13º MÁX 26º

Líder do PSOE promete ato único de homenagem no 11 de março

O secretário-geral do PSOE comprometeu-se hoje a organizar - caso seja investido presidente do Governo de Espanha - um ato único de homenagem às vítimas dos atentados de 11 de março de 2004, reunindo associações de vítimas e partidos.

Líder do PSOE promete ato único de homenagem no 11 de março
Notícias ao Minuto

12:45 - 11/03/16 por Lusa

Mundo Pedro Sánchez

Pedro Sánchez, que participava numa cerimónia pelas vítimas perto da estação de Atocha, em Madrid, considerou que lhe parece "fundamental que haja um ato único" de homenagem.

Logo pela manhã, na Porta do Sol, o presidente do Governo em funções, Mariano Rajoy, a presidente da Comunidade de Madrid, Cristina Cifuentes, e a presidente da Câmara madrilena, Manuela Carmena, estiveram juntos numa primeira homenagem, que reuniu pela primeira vez todas as quatro associações de vítimas.

As diferenças de opinião entre estas associações (incluindo divergências de cariz político) têm impedido que haja em Madrid um ato único de homenagem às vítimas dos atentados, bem como às suas famílias e às muitas pessoas que ajudaram os feridos naquele dia.

Os atentados realizados a 11 de março de 2004 por uma célula da Al-Qaida resultaram na morte de 193 pessoas: 34 morreram no comboio que explodiu na estação de Atocha; 63 no comboio que explodiu em frente à rua Téllez; 65 no comboio da estação de Pozo del Tío Raimundo; 14 no comboio que estava na estação de Santa Eugenia e 15 em vários hospitais da cidade de Madrid. Um agente da polícia (do GEO) também morreu num apartamento em Leganés onde se imolaram sete terroristas.

Na cerimónia de hoje perto da estação de Atocha, além de Pedro Sánchez estava presente o líder do Podemos, Pablo Iglesias, e do Ciudadanos, Albert Rivera. Rajoy não compareceu, mas o PP esteve representado.

O ato foi organizado pelas associações sindicais Comissões Operárias (Comissiones Obreras, CCOO) e União Geral de Trabalhadores (UGT), a Associação 11M Afetados pelo Terrorismo, presidida por Pilar Manjón, e pela União de Atores e Atrizes.

Sánchez aproveitou um "dia com um significado especial para todos" - dedicado "à recordação e à memória" - para apelar a todos os partidos políticos e a todos os democratas para que manifestem "o seu compromisso face ao terrorismo", em especial o terrorista jihadista.

Já Pablo Iglesias, do Podemos, lamentou a utilização das vítimas de terrorismo como "arma política".

"Utilizar as vítimas politicamente para atacar um adversário é algo que deveria ser banido das práticas políticas", considerou Iglesias.

O secretário-geral do Podemos escusou-se a fazer declarações sobre o momento político em Espanha - nomeadamente a falta de acordo entre os partidos PSOE, Ciudadanos, PP e Podemos para a formação de um governo. No entanto, destacou a "dignidade e a valentia" das palavras da presidente da Associação 11M, Pilar Manjon, que teceu duras críticas à classe política e ao aproveitamento que faz das homenagens às vítimas do terrorismo.

"Esqueçam-se por um momento a vossa auto-promoção e vistam-se de respeito e humildade quando falem connosco", tinha declarado Manjon num discurso durante a cerimónia.

"Tem toda a razão do mundo", afirmou Iglesias ao ser confrontado com as palavras de Manjon.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório