O Carnaval constitui a maior época de festividades no Brasil, com milhares de pessoas nas ruas, incluindo muitos turistas. Um virologista brasileiro alertou para o perigo de propagação do vírus Zika que daí pode resultar.
Em declarações ao Independent, Sergio Cimerman fala num “cocktail explosivo” e no “risco de as pessoas serem contaminadas e de a doença se espalhar e proliferar a nível global”.
“Vão existir concentrações consideráveis de pessoas em trajes menores e que não vão preocupar-se com repelente de insetos, tornando-as mais suscetíveis a picadas de mosquitos. É provável que chova e a água nas ruas a combinar com o lixo vai atrair mosquitos”, indicou.
“O Carnaval pode tornar-se numa conduta para um cocktail ambiental explosivo que pode acelerar a propagação do vírus Zika”, acrescentou.
Recorde-se que os casos de microcefalia e de desordens neurológicas surgidas no Brasil (associadas ao vírus Zika) foram esta segunda-feira oficialmente declarados pelo comité de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) uma ameaça global de saúde pública.
Nesta altura, o número de casos confirmados no Brasil ascende aos 400, de acordo com o último relatório do ministério da Saúde brasileiro, revelado esta terça-feira. Existem 3.670 casos suspeitos sob investigação.