"A tropa está cansada. Carece de muitas coisas", declarou na apresentação do seu relatório em Berlim o comissário da defesa Hans-Peter Bartels, pedindo um aumento claro do orçamento da Bundeswehr (forças armadas alemãs).
"A penúria (orçamental) sistemática" coloca em risco a formação, o treino e as intervenções, alertou.
Além do Iraque e da Síria, no quadro da referida coligação internacional, os soldados alemães estão presentes no Mali, para onde Berlim prevê enviar mais 500 homens para apoiarem soldados franceses.
Em novembro, a Alemanha decidiu igualmente aumentar o limite máximo das suas tropas no Afeganistão, no quadro de uma missão de aconselhamento e formação e irá enviar até 980 soldados em 2016.
"A Bundeswehr está numa encruzilhada. Se houver novos cortes não poderá responder", considerou Bartels, apontando ainda o mau estado das casernas, assim como a falta de material, nomeadamente para os helicópteros ou aviões de combate.
A câmara baixa do parlamento, o Bundestag, aprovou um aumento do orçamento da Bundeswehr, que passará, em quatro anos, de 33 para 35 mil milhões de euros, mas o aumento é considerado insuficiente por Bartels.
Criada em 1955, a Bundeswehr contava em 1990, na altura da reunificação da Alemanha, com 600.000 soldados, contra 117.000 atualmente.