Sobem para nove as eleições de deputados venezuelanos impugnadas

O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (STJ), confirmou hoje ter recebido mais um pedido de impugnação, elevando de 8 para 9 os deputados opositores contra os socialistas quais pedem a aplicação de medida de "suspensão de efeitos".

ONU pede à Venezuela que respeite quem se quer manifestar

© Reuters

Lusa
30/12/2015 18:55 ‧ 30/12/2015 por Lusa

Mundo

STJ

Os chavistas pedem a impugnação da eleição de nove deputados da oposição, alegando questões administrativas, algo que a oposição (que ganhou o congresso) contesta.

O novo pedido aparece na página web do STJ como "novo assunto ingressado" pela Sala Eleitoral, uma das seis salas que compõe o STJ em pleno.

Segundo a imprensa venezuelana o STJ solicitou ao Conselho Nacional Eleitoral os "antecedentes administrativos" dos deputados em questão e designou vários magistrados para estudar as admissões dos recursos e das medidas para suspender os efeitos dos resultados das eleições parlamentares de 6 de dezembro último.

A oposição já reagiu ao pedido de impugnação e que está a pedir à Organização das Nações Unidas (OEA), à Organização das Nações Unidas (ONU) ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) e à União de Nações da América do Sul (Unasul) que se pronunciem urgentemente sobre o caso.

O oposição acusa o Partido Socialista Unido da Venezuela e o Governo venezuelano de dar um "golpe judicial" que pode pôr em risco a maioria parlamentar de dois terços da aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD),

"O caminho pacífico hoje está em perigo. Desafiando a vontade do povo expressada em votos e utilizando um poder judicial colonizado pelo partido do governo, o 'oficialismo' (partido oficialmente no Governo), pretende desconhecer os resultados eleitorais que eles mesmos reiteradamente chamaram a respeitar", explica uma cópia da missiva enviada àqueles organismos.

O documento, divulgado hoje em Caracas e assinado por Jesus Torrealba, secretário da MUD, explica que "incumprindo tempos , violentando instâncias, pondo a decidir magistrados que são ao mesmo tempo juiz e parte, o 'oficialismo' pretende impugnar um grupo de deputados, alterando assim a composição que o soberano (povo) decidiu que tivesse no novo parlamento".

"O país, a região e o mundo estão perante uma tentativa de golpe de estado judicial contra a decisão do povo", explica a missiva que pede àqueles organismos que "ativem os mecanismos, ao alcance, para conseguir que a democrática e pacífica vontade de câmbio do povo venezuelano seja respeitada".

A aliança opositora MUD obteve, nas eleições de 6 de dezembro último, a primeira vitória em 16 anos, conseguindo 112 dos 167 lugares que compõem o parlamento, uma maioria de dois terços que lhe confere amplos poderes e marca uma viragem história contra o chavismo.

Segundo o Presidente Nicolás Maduro estão ser investigados mais de 1,5 milhões de votos nulos ocorridos durante as parlamentares, porque em alguns setores onde tradicionalmente o chavismo era vencedor, os candidatos chavistas perderam por menos de uma centena de votos e se registaram mais de mil votos nulos.

 

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