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Grupo de 300 cubanos deixa abrigos temporários e instala-se em hotel

Cerca de 300 cubanos encurralados na zona de Paso Canoas, na fronteira do Panamá com a Costa Rica, mudaram-se, esta segunda-feira, dos abrigos temporários para um hotel nas imediações, disponibilizado pelo Governo do Panamá.

Grupo de 300 cubanos deixa abrigos temporários e instala-se em hotel
Notícias ao Minuto

06:16 - 29/12/15 por Lusa

Mundo Panamá

O hotel, localizado a cerca de 50 metros de Paso Canoas e que não estava aberto, vai alojar um total de 759 cubanos que se encontram nessa zona fronteiriça desde 18 de dezembro, altura em que a Costa Rica fechou a sua fronteira sob o argumento de que excediam o universo de 8.000 cubanos no seu território.

O responsável pelo hotel -- não identificado -- disse aos jornalistas que apenas falta comprar colchões para acabar de acondicionar o alojamento. Alguns dos cubanos, que têm como destino final os Estados Unidos, reagiram com alegria à decisão da mudança.

Depois deste primeiro grupo de 300 pessoas, as restantes vão deixar os abrigos temporários, montados nomeadamente em igrejas católicas e evangélicas, nos próximos dias.

O Governo do Panamá anunciou esta segunda-feira a relocalização dos cubanos após uma visita à zona por parte de uma comissão governamental.

O vice-ministro da Segurança Pública do Panamá, Rogelio Donadío, que fez parte do grupo, disse aos jornalistas que a medida foi tomada por razões de saúde e de segurança.

"Encontrámos situações sanitárias desadequadas e não podemos continuar a obviar que este é um problema humanitário", indicou que Donadío, assinalando que, a par com a Cruz Vermelha e o Sistema Nacional de Proteção Civil, continuar-se-á a providenciar alimentos e cuidados ao nível de saúde e higiene.

Representantes da América Central e México decidiram, esta segunda-feira, que em janeiro vai ser aplicado um "exercício piloto de transferência humanitário" a partir da Costa Rica até El Salvador para que os migrantes possam continuar o seu percurso até aos Estados Unidos, a partir dali, de autocarro.

Desde 14 de novembro, a Costa Rica outorgou quase 8.000 vistos de trânsito a migrantes cubanos que chegaram via terrestre pela fronteira com o Panamá, e apenas estes poderão beneficiar de uma eventual transferência até El Salvador e Estados Unidos.

O encerramento da fronteira da Nicarágua para os cubanos, sob o argumento de razões de segurança e soberania, no passado dia 15 de dezembro, foi o motivo pelo qual estes milhares de migrantes ficaram encurralados na Costa Rica.

A situação dos cubanos foi discutida numa reunião de chefes de Estado e de Governo do Sistema de Integração Centro-americana (SICA), que teve lugar em El Salvador na sexta-feira, dia 18.

No mesmo dia, a Costa Rica anunciou a sua retirada da mesa política do sistema regional por não encontrar apoio dos países membros para lhe dar trânsito aos cubanos e contornar o encerramento fronteiriço da Nicarágua.

Após uma reunião infrutífera no México, no passado dia 22, os representantes da região reuniram-se, esta segunda-feira, na Guatemala e acordaram este plano piloto de uma "primeira transferência" de que vão beneficiar alguns cubanos que a Costa Rica acolheu.

A grande maioria dos cubanos iniciou a sua viagem por terra e mar no Equador, país que até ao passado dia 01 de dezembro não lhes exigia visto.

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