A operação começou às 04h55 locais (07h55 de Lisboa) quando os polícias começaram a tomar posições nas ruas das favelas de Caju e Barreira do Vasco, situadas na zona portuária e onde vivem cerca de 20 mil pessoas.
Segundo as autoridades, foram mobilizados para a operação cerca de dois mil polícias do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (BOPE) e 200 fuzileiros, além de 17 carros blindados da Marinha, vários carros blindados do BOPE e retro escavadoras.
As forças de segurança, que tinham avisado da operação há vários dias para não por em risco os moradores, demoraram cerca de 25 minutos a controlar a favela do Caju e cerca de 10 minutos na Barreira do Vasco.
Até ao momento, não há relato de confrontos com os traficantes do denominado Comando Vermelho, que opera no complexo do Caju, e segundo a imprensa brasileira, o comércio funciona normalmente.
O complexo do Caju é constituído por 13 favelas e localiza-se entre a zona portuária e a via rápida que leva ao aeroporto internacional do Rio de Janeiro, a Linha Vermelha.
A Barreira do Vasco é formada por três favelas.
O objectivo da operação é limpar a área de traficantes de droga para, nos próximos meses, instalar uma Unidade da Polícia Pacificadora (UPP), elevando para 32 o número destas unidades instaladas nas favelas do Rio de Janeiro.
Segundo a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, o controlo das favelas do Complexo do Caju é fundamental para posteriormente ocupar as favelas vizinhas do Complexo da Maré, mais próximas do aeroporto e onde vivem mais de 130 mil pessoas.
Pretende-se ainda garantir a segurança das vias por onde circularão todos os que chegam ao Rio de Janeiro para participar nos Jogos Olímpicos de 2016.
