“Temos 99% de certeza de que o matámos”. A afirmação é de um alto oficial do exército norte-americano à estação Fox News, não existindo, no entanto, a confirmação oficial de que Mohammed Emwazi, conhecido como Jihadi John, esteja mesmo morto.
As autoridades americanas dizem, ainda assim, estar praticamente seguras de que atingiram o terrorista num ataque com drone em Raqqa, na Síria, na noite de ontem.
Outro responsável norte-americano reiterou à mesma estação que o ataque aéreo decorreu “sem falhas” e um “tiro certeiro” “evaporou” Jihadi John sem causar mortes de civis.
As autoridades britânicas ainda não se pronunciaram sobre a operação norte-americana, mas os meios de comunicação social esperam que o primeiro-ministro, David Cameron, faça hoje uma declaração.
Recorde-se que o Pentágono tinha já anunciado o lançamento de um ataque aéreo na Síria que tinha como alvo Jihadi John, um presumível carrasco do grupo extremista Estado Islâmico (ISIS).
"Emwazi, um cidadão britânico, participou nos vídeos que mostram as execuções dos jornalistas norte-americanos Steven Sotloff e James Foley, do trabalhador humanitário, igualmente norte-americano, Abdul-Rahman Kassig, dos trabalhadores humanitários britânicos David Haines e Alan Henning, do jornalista japonês Kenji Goto, e de uma série de outros reféns", referiu o Pentágono.
Identificado como o homem de cara tapada que surge nos vídeos do Estado Islâmico de decapitação de reféns ocidentais, Mohammed Emwazi, com menos de 30 anos, captou a atenção pelo seu forte sotaque britânico nos vídeos, bem como pelo facto de colocar uma faca junto ao pescoço dos reféns, prestes a decapitá-los, antes de cortar as imagens, ficando conhecido como Jihadista John.
Programador informático de Londres, nasceu no Kuwait, numa família apátrida de origem iraquiana. Os seus pais mudaram-se para a Grã-Bretanha em 1993. Emwazi estava referenciado pelos serviços de segurança desde pelo menos 2009.
[Notícia atualizada às 9h31]