Ban Ki-moon reafirmou a sua "forte convicção de que uma solução política é a única forma" de se resolver a crise na Síria e renovou o seu apelo a "todas as partes a colocarem fim à violência e a respeitarem as leis humanitárias internacionais", disse o seu porta-voz, Martin Nesirky.
Os 15 membros do Conselho de Segurança não conseguiram alcançar um acordo na noite de quinta-feira sobre o texto de uma declaração em reação ao atentado em Damasco, devido a divergências sobre as respectivas responsabilidades do regime e da oposição na violência na Síria, indicou um diplomata citado pela agência AFP.
De acordo com os dados do Observatório sírio dos Direitos Humanos, 59 pessoas, a maioria civis e entre as quais 15 militares, perderam a vida em Damasco na quinta-feira na sequência de um atentado suicida, que causou ainda 200 feridos e foi o mais mortífero registado na capital síria desde o início da revolta contra o regime do Presidente, Bashar al-Assad, em março de 2011.
A televisão oficial síria deu conta de 53 mortos.
As autoridades atribuíram a responsabilidade do ataque a grupos ligados à Al-Qaeda e a oposição considerou ter-se tratado de um atentado terrorista.
Também 13 pessoas, entre as quais 10 membros das forças de segurança, foram mortas num duplo atentado em Barzé, no norte de Damasco.
Ban Ki-moon expressou ainda as suas "condolências às famílias das vítimas, ao Governo e ao povo indiano", em comunicado, na sequência do atentado registado na quinta-feira nas imediações da cidade de Hyderabad, que causou, pelo menos, 11 mortos e mais de 50 feridos.
Este foi o primeiro grande atentado terrorista na Índia desde o final de 2011, não tendo sido reivindicado até ao momento, que levou as autoridades indianas a decretarem o estado de alerta nas principais cidades do país, Nova Deli e Mumbai.