Ataques dos EUA com drones já mataram 4.700 pessoas
O senador republicano Lindsey Graham disse que 4.700 pessoas morreram na sequência de ataques dos Estados Unidos com aviões não tripulados, na primeira referência de um legislador norte-americano ao número de vítimas de operações com drones.
© Lusa
Mundo Aviões
Durante uma conferência, Graham observou, citado na quarta-feira pelo diário Easley Patch, da Carolina do Sul, que os ataques com drones causaram por vezes a morte a "inocentes, algo deplorável", reconhecendo, no entanto, que se está perante situações de guerra e que os Estados Unidos conseguiram "desfazer-se de alguns dos mais importantes membros da Al-Qaeda" através desses ataques.
O número de vítimas dos ataques norte-americanos com drones revelado por Graham foi o primeiro a ser avançado por um congressista ou funcionário do Governo dos Estados Unidos sobre este tipo de operação, que é desenvolvida secretamente.
A estimativa de Graham, cuja fonte não foi revelada, é mais elevada do que a maioria dos dados divulgados por grupos críticos aos ataques com drones.
O investigador Micha Zenko estimava em Janeiro, num relatório do centro de estudos Council of Foreign Relations, que o número de mortes seria de 3.430.
Graham considera que os ataques com drones são "uma arma táctica necessária" ao salientar que há zonas na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão que são de difícil acesso.
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