Os dados, facultados pelo Instituto de Medicina Legal de El Salvador à agência Efe, indicam que El Salvador pode vir a superar em 2015 a marca de 4.382 assassínios, registada em 2009, quando o país foi considerado "o mais violento do mundo".
A manter-se o atual ritmo, o patamar dos 6.000 pode ser superado no final de 2015, elevando a taxa de homicídios para mais de 96 por cada 100.000 habitantes, um número sem paralelo no século XXI.
Só no passado domingo, a polícia reportou a ocorrência de 43 crimes do tipo -- o maior número de homicídios em 24 horas desde o início do ano. Contudo, o Instituto de Medicina Legal sinalizou, no mesmo dia, 52 mortes violentas.
O Departamento de Estatísticas salvadorenho afirmou recentemente que a disparidade entre os números radica no tempo que decorre entre o homicídio e o exame forense.
Em comparação com os primeiros oito meses de 2014, verificou-se um aumento de 57,35%, ou seja, de mais 1.455 assassínios.
A última vez que a nação centro-americana teve um número de assassínios superior a 4.000 foi em 2011, ano anterior a uma trégua entre gangues que viria a reduzir o número médio de mortes diárias de 12 para cinco.