Protesto de taxistas em Mérida juntou mais de 2 mil profissionais

Mais de 2.000 taxistas, entre eles vários portugueses, paralisaram os serviços e saíram em caravana em protesto pela falta de segurança, de peças de reposição e os altos preços dos pneus, na localidade venezuelana de Mérida.

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Lusa
18/08/2015 23:30 ‧ 18/08/2015 por Lusa

Mundo

Venezuela

Durante o protesto, o presidente da associação Linhas de Táxis Unificadas, Ricardo Martínez, explicou aos jornalistas, que nos últimos dois meses pelo menos 10 táxis foram roubados aos seus proprietários.

"Esses companheiros são pais de família, estão nas ruas e têm que levar sustento para casa. Já não aguentamos esta situação de insegurança", explicou, precisando que os taxistas são frequentemente alvo de assaltos, razão pela qual exigem mais segurança policial, sobretudo à noite.

Outro problema com que os taxistas de Mérida, que fica 680 quilómetros a sudoeste de Caracas, se debatem é a falta de peças.

"Necessitamos de pneus e as baterias rareiam no mercado", acrescentou.

Fontes da comunidade portuguesa em Mérida disseram à agência Lusa que alguns taxistas portugueses participaram no protesto e que a situação da insegurança é "grave", considerando ainda ser urgente a reposição de peças sobressalentes e outros materiais para as viaturas.

"Um pneu para o táxi custa 35 mil bolívares (160 euros à taxa oficial) e não se consegue. Há dias a um amigo roubaram-lhe a bateria do carro, teve que pagar uma fortuna e estar várias horas numa fila para poder comprar uma nova e teve que apresentar a cópia da denúncia feita à polícia", explicou um motorista português à Lusa.

Na Venezuela vigora, desde 2003, um sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país.

Para importar produtos para as viaturas os empresários devem requerer às autoridades autorização para aceder aos dólares necessários.

O sistema venezuelano tem três taxas de câmbios oficiais, uma delas dirigida ao turismo e as outras duas a importações, a Cadivi, a 6,30 bolívares por dólar norte-americano, essencialmente usada para alimentos, medicamentos e produtos considerados prioritários, e a Simadi, a 199 bolívares por dólar, para outros produtos.

Existe ainda uma taxa de câmbio não oficial em que o dólar norte-americano tem uma cotação próxima dos 680 bolívares.

Frequentemente os empresários queixam-se de dificuldades na obtenção de autorização de acesso aos dólares para as importações e de atrasos na atribuição das mesmas.

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