Tsipras "cortou as últimas pontes entre a Grécia e a UE"
O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, afirmou hoje que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, "cortou as últimas pontes" com a Europa e que lhe é "difícil imaginar" novas negociações com Atenas depois do referendo.
© Reuters
Mundo Sigmar Gabriel
"Depois da recusa das regras do jogo da zona euro, como é expresso pelo voto 'não', negociações sobre os programas de ajuda de milhares de milhões parecem-me dificilmente imagináveis", disse o "número dois" de Angela Merkel numa primeira reação do governo alemão, a publicar na segunda-feira pelo jornal Tagesspiel.
Tsipras e o seu governo estão a levar a Grécia por uma via de "renúncia amarga e desespero", prosseguiu Gabriel, líder dos sociais-democratas coligados com os conservadores de Merkel e ministro da Economia.
"Tsipras cortou as últimas pontes que a Europa e a Grécia podiam atravessar para encontrar um compromisso", afirmou.
Da União Democrata Cristã (CDU), de Angela Merkel, reagiram entretanto alguns deputados, entre os quais Julia Klöckner, considerada próxima da chanceler, para quem "Tsipras não deve pensar que pode pressionar a Europa com o resultado" da consulta.
"Não é só a vontade do povo grego que conta, mas também a dos cidadãos dos outros países europeus", acrescentou a deputada. "A União Europeia não é um clube 'à la carte' em que cada um decide por si as regras do jogo e os outros pagam a fatura".
Os eleitores gregos rejeitaram hoje em referendo as propostas dos credores internacionais -- Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
Com mais de 70% dos votos contados, o "não" liderava com 61,52% e o "sim" registava 38,48%, segundo números do Ministério do Interior da Grécia.
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