Encontro positivo entre Venezuela e EUA, diz Departamento de Estado
Os Estados Unidos e a Venezuela, que mantêm relações difíceis há anos, realizaram "um encontro diplomático positivo" durante o fim de semana, no Haiti, disse hoje o departamento de Estado norte-americano.
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Mundo Haiti
O encontro entre um assessor do departamento de Estado, Thomas Shannon, a ministra dos Negócios Estrangeiros venezuelana, Delcy Rodriguez, e o presidente do parlamento venezuelano, Diosdado Cabello, decorreu no sábado em Port-au-Prince, indicou a diplomacia norte-americana, confirmando o que tinha sido anunciado pela Assembleia Nacional em Caracas.
"As discussões abordaram todos os aspetos da nossa relação bilateral. Foram positivas e construtivas", congratulou-se o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jeffrey Rathke.
Os encontros entre Washington e Caracas decorreram à margem de uma reunião organizada pelo Presidente do Haiti, Michel Martelly, para debater com as duas potências vizinhas as próximas eleições e a reconstrução na ilha. Rathke também considerou estas conversações tripartidas construtivas.
Visto como o "número dois" do chavismo (a partir do nome do anterior Presidente da Venezuela Hugo Chávez), Cabello indicou no sábado que o encontro com o diplomata norte-americano Shannon representava "um passo importante para o restabelecimento completo das relações entre os dois países".
De acordo com o diário Wall Street Journal, Cabello acusou os Estados Unidos de ter "transformado a Venezuela numa plataforma giratória do tráfico de cocaína e de branqueamento de dinheiro".
O Departamento de Estado norte-americano não comentou estas declarações.
A Venezuela e os Estados Unidos mantêm relações diplomáticas, mas não trocam embaixadores desde 2010.
Em março passado, a tensão aumentou relativamente à questão dos direitos humanos, mas os dois países, que têm importantes relações comerciais na área do petróleo, têm tentado baixar a pressão.
O Presidente Barack Obama reuniu-se brevemente com o homólogo venezuelano, Nicolas Maduro, durante a Cimeira das Américas, em abril.
Na altura, a Casa Branca afirmou não ser "do interesse dos Estados Unidos ameaçar a Venezuela, mas apoiar a democracia, a estabilidade e a prosperidade na Venezuela e na região".
O emissário norte-americano Shannon deslocou-se já duas vezes a Caracas para se reunir com Nicolás Maduro.
O Presidente venezuelano afirmou "estar de mão estendida para resolver os problemas" com Washington.
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