Irmandade egípcia considera "nula" condenação de Morsi
A Coligação nacional para a defesa da legitimidade, liderada pela Irmandade Muçulmana, considerou hoje "nula" e uma "ordem dos militares" a condenação a 20 anos de prisão anunciada por um tribunal e dirigida ao ex-presidente Mohamed Morsi.
© Lusa
Mundo Muçulmanos
"As ordens militares hoje emitidas em forma de sentenças judiciais contra o presidente Morsi e a sua equipa presidencial são nulas porque a justiça converteu-se numa marioneta nas mãos da autoridade militar", considerou a Aliança em comunicado publicado na sua página na rede social do Facebook.
A coligação, que incluiu grupos islamitas que contestam o atual sistema político no Egito, denunciou o processo judicial como uma "farsa" e acusou o exército de utilizar a justiça para se vingar dos seus adversários.
O comunicado reafirma que o principal objetivo da organização consiste em "ativar o movimento revolucionário para derrubar o golpe de Estado e libertar a pátria".
O tribunal penal do Cairo condenou hoje o ex-presidente islamita Mohamed Morsi e outros 12 dirigentes e membros da Irmandade Muçulmana a 20 anos de prisão por uso da força, detenção de pessoas e tortura, na sequência dos confrontos entre opositores a apoiantes do ex-presidente em 05 de dezembro de 2012, em que morreram vários manifestantes.
No mesmo caso, outros 10 membros da confraria foram sentenciados a dez anos de prisão e seis julgadas por rebeldia.
Entre os condenados a 20 anos incluem-se dois destacados líderes do Partido Liberdade e Justiça, o braço político da Irmandade.
Eleito chefe de Estado em junho de 2013, Morsi foi afastado do poder em julho do ano seguinte na sequência de um golpe militar liderado pelo atual presidente egípcio, marechal Abdul Fatah Al-Sisi.
Após o golpe de Estado, as novas autoridades egípcias desencadearam uma intensa repressão sobre os simpatizantes, membros e dirigentes da Irmandade, declarada "grupo terrorista" em dezembro de 2013.
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